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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu indígenas

Ex-secretário nega subnotificação de mortes de yanomamis na gestão Bolsonaro e exige provas

Raphael Parente diz que justificativa da Saúde para aumento de óbitos no governo Lula é cortina de fumaça

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Ex-secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde no governo Jair Bolsonaro, Raphael Parente diz que a gestão Lula usa a tese de subnotificação de mortes de yanomamis na administração anterior como "cortina de fumaça para mascarar sua incompetência".

Criança yanomami com desnutrição grave internada no Polo Base de Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima - Lalo de Almeida/Folhapress

"Óbito é algo binário, ou a pessoa está morta ou viva. Em tese seria possível até subnotificar a causa, mas a morte em si não tem como. Vai ressuscitar a pessoa, dizer que não morreu? Isso não existe", afirma.

A suposta subnotificação das mortes de yanomamis na gestão Bolsonaro é o principal argumento da atual gestão da Saúde, comandada pela ministra Nísia Trindade, para justificar o aumento no número de óbitos em 2023. Foram 363, contra 343 em 2022, último ano do governo anterior.

"Se eles estão alegando que a gente subnotificou, eles que têm que provar. E a mídia tem que cobrar as provas, não aceitar essa afirmação passivamente", diz Parente, que ocupou o cargo de secretário de junho de 2020 até o final do governo Bolsonaro, trabalhando com os ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga.

Para Parente, falar em subnotificação é uma maneira de mascarar a falta de ações efetivas do atual governo para resolver a crise dos yanomamis. "O atual governo fez um teatro e não conseguiu melhorar a situação. O problema é complexo, não estou dizendo que seja algo fácil de solucionar. Mas não é com bravata que se vai fazer", afirma.

O ex-secretário também critica a atual gestão pela epidemia de dengue. "O Ministério da Saúde está confiando totalmente nessa vacina do Butantan, que ainda é uma promessa e não vai ficar pronta para 2024 e talvez nem 2025. Enrolaram, não compraram vacinas importadas, não fizeram incorporação tecnológica. E agora é tarde", afirma.

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