A reviravolta na eleição da Câmara dos Deputados com a desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP) em favor do líder do seu partido, Hugo Motta (PB), e a nova possibilidade de ele ser o nome do presidente Arthur Lira (PP-AL) deve levar o PDT a recalcular sua rota na disputa pelo comando da Casa.

Em julho, o partido havia sinalizado apoio ao líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), na sucessão de Lira. Aliado do alagoano, Elmar era apontado como o nome do presidente da Câmara para sucedê-lo, e vinha costurando acordos com partidos em uma tentativa de se viabilizar politicamente na eleição de fevereiro de 2025.

Nesta terça-feira (3), no entanto, a decisão de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, de deixar a disputa mudou o cenário na Câmara, com a recém-surgida possibilidade de Lira apoiar o líder do Republicanos. Integrantes do PDT dizem que, se isso ocorrer, o partido deve migrar para o novo candidato de Lira.

Apesar disso, ainda há dúvidas no partido se o nome de Motta será confirmado pelo presidente da Câmara, em especial pela avaliação de que Elmar tem uma relação de grande confiança com o alagoano.