Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Após tuíte de Trump, índice global de ações bate recorde

Presidente americano disse que estava perto de fechar acordo com a China

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São Paulo

O índice MSCI que mede o desempenho global de ações bateu recorde no começo da tarde desta quinta-feira (12), ultrapassando a marca atingida em 29 de janeiro de 2018. O valor de mercado das empresas chegou a US$ 49 trilhões. Instantes antes, o presidente dos EUA, Donald Trump, tuítou que o país estava muito perto de fechar um acordo com a China.

O esperado acordo comercial entre China e Estados Unidos parece estar longe de ser alcançado. O mercado esperava o término das negociações entre os dois países com a visita do vice-premiê chinês Liu He à Washington, mas nenhum acerto foi assinado. . AFP/SAUL LOEB

A China partiu para o contra-ataque e decidiu elevar para 25% as tarifas contra milhares de produtos importados dos Estados Unidos, acirrando a guerra comercial entre as duas potências.. AFP/Johannes Eisele

A retaliação aos EUA veio após os americanos elevarem, de 10% para 25%, as tarifas contra US$ 200 bilhões (R$ 791,4 bilhões) em produtos chineses, decisão tomada na segunda semana de maio. . AFP/Andy Wong

Trump chegou a alertar a China para que não retaliasse e disse que o país seria "duramente afetado se não fizer um acordo". . AFP/Jim Watson

Trump continuou a acusar a China de quebrar um acordo comercial que os dois países estavam negociando e ameaçou o país asiático com dificuldades econômicas caso a guerra comercial se estenda, dizendo que as empresas deixarão a China em massa. . AFP/Jim Watson

Em resposta, a China disse que nunca vai se render a pressões externas. "Quanto aos detalhes, por favor continuem a prestar atenção. Copiando uma expressão dos EUA: esperem para ver", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, em entrevista à imprensa.. AFP/Andrew Caballero-Reynolds

A negação do presidente de que os consumidores dos EUA serão afetados pelo aumento das tarifas contraria as palavras de seu próprio assessor econômico. O diretor do Conselho Nacional de Economia da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que "ambos os lados" provavelmente sofrerão em meio ao aumento das tensões comerciais com a China.. AFP/Fred Dufour

O acirramento da guerra comercial entre os dois países mexeu com os mercados. No Brasil, o dólar subiu mais de 1% no pré-mercado e bateu os R$ 4. As Bolsas de Nova York tiveram a maior queda desde janeiro. . AFP/Hector Retamal

Guerra comercial entre os países se arrasta desde 2017. Na foto, contâiners chineses são vistos no principal terminal portuário de Long Beach, na California (EUA). AFP/Mark Ralston

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