Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Racismo no maior banco dos EUA traz debate sobre discriminação no crédito

Presidente do JP Morgan escreve mensagem repudiando preconceito e ódio

Já é assinante? Faça seu login

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Na pele O racismo no setor bancário foi escancarado na semana passada após uma denúncia no New York Times que revelou o conteúdo de conversas gravadas por um cliente negro, segregado em uma agência do JPMorgan Chase no Arizona. O caso levantou debate sobre a discriminação refletida no crédito. Segundo estudo do NBER, um dos mais respeitados centros de pesquisa econômica dos EUA, ao menos 6% dos pedidos de hipoteca são negados a negros e latinos aptos ao crédito.

Tempo A carta de repúdio do presidente do banco, Jamie Dimon, veio na sexta-feira (13). Na mensagem, o executivo disse sentir nojo de qualquer forma de racismo e ódio.

Luís Gama (1830-1882) nasceu livre, mas foi vendido como escravo ainda criança. Após conquistar a liberdade na Justiça, passou a defender os cativos nos tribunais. Calcula-se que tenha ajudado a libertar cerca de 500 pessoas. Folhapress/

O marinheiro João Cândido Felisberto (1880-1969), o "Almirante Negro", liderou a Revolta da Chibata, em 1910, contra castigos físicos na Marinha. Na foto, ele autografa livro ao lado do jornalista Edmar Morel em 1959. Acervo Edmar Morel-Fundação Biblioteca Nacional/Acervo Edmar Morel-Fundação Biblioteca Nacional

O jornalista, escritor, poeta, pintor, ator e escultor Abdias do Nascimento militou na Frente Negra Brasileira e fundou o Teatro Experimental do Negro. Foi deputado e senador e autor do primeiro projeto de lei de políticas afirmativas do país. Folhapress/

Nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, em plena Alemanha nazista, Jesse Owens conquistou quatro medalhas de ouro (100 m e 200 m rasos, revezamento 4 x 100 m e salto em distância). O feito foi um golpe no mito da superioridade ariana. AP/

Em 1955, a costureira Rosa Parks recusou-se a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em Montgomery (Alabama). Após o episódio, protestos se espalharam pelos EUA, dando início ao movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King. AP/

O pastor e ativista Martin Luther King Jr (1929-1968) liderou o boicote aos ônibus no Alabama contra a prisão de Rosa Parks, promoveu a marcha a Washington pelos direitos civis e conquistou o Nobel da Paz em 1964 por sua campanha pacífica. Foi assassinado aos 39 anos. AFP/

Malcolm X (1925-1965) foi de pregador do ódio racial a defensor dos direitos humanos. Virou muçulmano na prisão, quando passou a defender um Estado negro separado. Com o tempo, afastou-se do Islã, flertou com o socialismo e trocou a violência pelo direito ao voto. Foi assassinado aos 39 anos . AP/

A escritora e ativista norte-americana Angela Davis militou no Panteras Negras e no Partido Comunista. Em 1970, foi perseguida e presa acusada de homicídio, sequestro e conspiração. Absolvida, virou letra de música de John Lennon e dos Rolling Stones. Sua obra se destaca pela análise da violência racial e de gênero. Arquivo pessoal/Fania Davis

Tommie Smith e John Carlos conquistaram o ouro e o bronze na disputa dos 200 m da Olimpíada do México, em 1968. Na execução do hino nacional, ergueram os punhos em protesto contra a segregação racial nos EUA. O gesto é considerado um dos mais contundentes da história dos Jogos Olímpicos. AP/

Nelson Mandela (1918-2013) tornou-se um ícone da luta contra o apartheid na África do Sul. Passou 27 anos preso. Libertado em 1990 após intensa pressão internacional, foi eleito o primeiro presidente negro do país. Em seu governo, adotou um discurso de unidade nacional e desencorajou atos de violência e vingança. /Leon Neal - 28.ago.07/AFP

Identidade “O racismo existiu por tempo demais —no nosso país, nas nossas comunidades— e, infelizmente, até na nossa empresa. Mas isso não é quem somos. Queremos que todos vocês sejam ativos para fazer as mudanças necessárias”, escreveu Dimon.

Barreira Segundo a reportagem do New York Times, publicada na quarta-feira (11), um ex-jogador de futebol americano foi impedido de se tornar cliente do segmento de alta renda do banco. Perguntou o motivo a um funcionário da unidade, que apontou a cor como razão.

A coluna Painel S.A. agora está disponível por temas. Para ler todos os outros assuntos abordados nesta edição, clique abaixo:

China deve impulsionar exportação de carne por ao menos dois anos, diz Furlan

Mototáxi colombiano se expande no Brasil

Caminhoneiros vão tentar nova paralisação na manhã de segunda

Projetos de startup têm salto no Congresso

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas

Principais do dia

Governo Lula

Equipe de Lula culpa ministro e reconhece erros em série com 1º de Maio esvaziado

Aliados do presidente veem desarticulação prejudicial ao governo em evento; ministro Márcio Macêdo é o maior cobrado

2.mai.2024 às 23h01

Todas

Folha lança Se ela não sabe, quem sabe?, podcast que ouvirá mulheres com mais de 50 anos

Programa é apresentado por Tati Bernardi e faz parte da iniciativa Todas, de conteúdo voltado às mulheres

2.mai.2024 às 23h00

chuva

Temporais no RS matam 29, inundam cidades e isolam moradores sem resgate

Condições climáticas e bloqueios dificultam ajuda; governo decreta calamidade pública no estado

2.mai.2024 às 22h30