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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Coronavírus

Discurso de Bolsonaro não teve postura de líder de nação, diz grupo de empresários

Para Gabriel Kanner, do Brasil 200, presidente precisa esquecer picuinhas

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São Paulo

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a crise do coronavírus nesta terça (24) foi mal avaliado por empresários que vinham alinhados ao discurso do governo de que é preciso proteger a economia.

Gabriel Kanner, presidente do grupo Brasil 200, afirma que Bolsonaro não conseguiu criar um clima de segurança para a população. Ele diz que a crise não pode ser menosprezada e que o país precisa de seriedade e responsabilidade dos líderes para lidar com isso.

"Ontem não tinha espaço para atacar a imprensa. Tudo bem, ele tem desavenças, às vezes há exageros, distorcem as coisas que ele fala. Eu entendo tudo isso, mas não era o espaço. Você nunca veria outro líder atacando a imprensa em um pronunciamento oficial em rede nacional. Não tem por que atacar o Drauzio Varella. Pelo amor de Deus. Esquece o Drazio Varella. Quem é o Drauzio Varella perto do que está acontecendo e perto do presidente da República?", afirma Kanner.

Para o presidente do grupo Brasil 200, Bolsonaro precisa "esquecer as picuinhas" e "está na hora de liderar o país durante a maior crise do mandato dele".

O grupo, que reúne cerca de 300 empresários, é fundado por Flávio Rocha (Riachuelo).

Gabriel Kanner, presidente do Brasil 200 - Divulgação

"A gente precisa exigir do presidente uma postura de líder da nação. Ele não apresentou essa postura ontem. Por mais que eu concorde com o direcionamento, de que a gente tem que evitar um colapso econômico, e essa é a mensagem que ele tentou passar, a forma como ele se comunicou não passou segurança à população. Essa foi a maior falha do pronunciamento de ontem. Foi não conseguir criar um clima de segurança", diz.

"Ninguém está falando que é simples. Essa é a maior crise que a nossa geração vai viver. É uma crise tremendamente séria e vai exigir o máximo de todos. O presidente precisa demonstrar seriedade, liderança e precisa passar segurança para a população. Independentemente do caminho que a gente escolher, a população precisa estar segura", afirma Kanner.

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