Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Governo diz para servidor não se manifestar na internet caso discorde de posição oficial
CGU avisa servidor que fique atento porque conduta imprópria é passível de apuração
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Mais um recado de um órgão do governo avisando seus funcionários para que tomem cuidado ao fazer comentários discordantes em redes sociais circulou entre servidores de Brasília nesta semana.
"Fique atento! Condutas impróprias são passíveis de apuração disciplinar", diz o cartaz de uma campanha interna da CGU (Controladoria-Geral da União) para os servidores.
Com o título "redes sociais", o órgão diz em tom didático e com ilustrações: "A CGU tem um posicionamento sobre determinado assunto, que Mévio discorda. O que Mévio deve fazer? Levar a sugestão aos superiores ou utilizar o Fala.BR para fazer sua sugestão. Não é legal nem ético fazer postagens inapropriadas em redes sociais que atinjam a credibilidade do órgão", diz o texto.
Procurada pela coluna, a CGU diz que o cartaz faz parte de um programa de capacitação, eventos e outras atividades do órgão sobre a importância da integridade no ambiente de trabalho, além de esclarecer e evitar condutas irregulares.
"O foco da iniciativa é puramente orientativo e preventivo", segundo a CGU, que diz não ter identificado registros de relatos de servidores que tenham se sentido ameaçados pela campanha.
A imagem do cartaz circulou nesta semana entre servidores incomodados com a frequência com que têm sido abordados por esse tipo de alerta.
No mês passado, servidores do Ministério da Economia foram orientados a se comportar nas redes sociais por um recado encaminhado pela comissão de ética da pasta. O aviso dizia que as redes sociais deveriam ser usadas com cuidado e citava liberdade de expressão. Segundo o ministério, a publicação foi um pedido da Presidência.
Com Mariana Grazini
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