José Ricardo Roriz, candidato à presidência da Fiesp que faz oposição à chapa apoiada por Paulo Skaf, marcou um almoço nesta quinta (17) para debater propostas. Ele espera receber cerca de cem pessoas em um restaurante no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Uma das propostas é que a reeleição na Fiesp seja permitida apenas uma vez. A bandeira vem sendo levantada por Roriz há meses, desde que passou a questionar o prolongamento por quatro mandatos de Skaf, que apoia a chapa encabeçada pelo empresário Josué Gomes da Silva.

A eleição da Fiesp está marcada para julho de 2021 mas já começou a esquentar, com críticas de ambos os lados. Eleitores de Josué afirmam que Roriz defende renovação mas que ele próprio tem um longo currículo em entidades do setor. Roriz se defende dizendo que ficou duas gestões na presidência do Siresp (sindicato das indústrias de resinas) e depois foi para a Abiplast, associação da indústria plástico, que o reelegeu duas vezes.

Já os apoiadores de Roriz dizem que Josué, dono da Coteminas, por ser mineiro, não seria um bom nome para comandar a entidade paulista, ao que seus eleitores respondem lembrando que Roriz é goiano. "A empresa do Josué é Coteminas. Não é CoteSP. Eu estou há mais de 45 anos aqui e frequentei todas as últimas reuniões da Fiesp. Se eu vi o Josué duas ou três vezes lá, foi muito", diz Roriz.

Segundo a Fiesp, Josué mora em São Paulo há 35 anos.

A disputa ficou mais apressada na semana passada, quando foi lançado o edital para o registro das chapas. A oposição afirma que foi prejudicada porque o tempo para se organizar ficou curto. Diz também que ela não tem acesso às mesmas informações da chapa apoiada pelo atual presidente. "Nós pedimos a lista de quem pode votar, como o outro lado tem", afirma Roriz.

Procurado pela coluna, Josué Gomes da Silva não se manifestou.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini