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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu indústria

Indústria química critica redução do imposto de importação de PVC

Segundo entidade, medida, que reduz alíquota de 14% para 4%, não foi discutida com o setor

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São Paulo

A indústria química diz ter sido surpreendida pela redução da alíquota de importação do PVC, medida tomada pela Câmara de Comércio Exterior na quinta (10). A redução da taxa, de 14% para 4% por três meses, abre espaço no mercado para a entrada do produto importado.

O governo estabeleceu também uma cota de 160 mil toneladas para importações do material, um plástico essencial para vários setores da indústria. “Não conhecemos como chegaram a esse número”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química, Ciro Marino. "Essa tomada de decisão pode extrapolar para outras áreas e gera insegurança jurídica ao investidor.”

Na sua avaliação, a decisão da Camex atinge o setor num momento de reequilíbrio do abastecimento de PVC, em que as indústrias brasileiras estão se recuperando de perdas sofridas no início da pandemia. Para Marino, o nível de importação, na maioria da Argentina e Colômbia, deve se manter porque há escassez do material no mercado internacional e os preços continuam em alta por causa do câmbio.

O Ministério da Economia diz ter agido para corrigir falhas no abastecimento do produto. "Uma cadeia produtiva que tem apresentado impactos em nível nacional é a do PVC, com restrições de oferta não apenas em virtude das dificuldades inerentes à retomada da produção, mas também decorrentes de problemas técnicos nas unidades fabris em questão", afirmou, por meio de nota.

O ministério disse que foram elaborados estudos para analisar a redução temporária da alíquota e o assunto foi discutido nos comitês da Camex. A pasta também afirma que houve diálogo com o setor privado. "O governo está receptivo a comunicações por parte de produtores e usuários em relação à conjuntura de mercado", diz.

"A medida resolve o problema conjuntural da pandemia, mas não o estrutural que temos. Se o Brasil crescer dois ou três anos seguidos, vai faltar resina", diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico, que apoia a medida. Segundo ele, a importação de PVC vai aumentar se os fornecedores nacionais não conseguirem atender a demanda.​

Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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