Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Empresas americanas suspendem doações a campanhas políticas após invasão do Capitólio
Companhias estão revisando estratégias após tumulto causado por apoiadores de Trump
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Companhias e bancos americanos estão suspendendo contribuições com campanhas e revisando ações de doação após a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump na última quarta (6) .
O banco JP Morgan Chase disse que decidiu interromper as doações por seis meses. "Os terríveis acontecimentos da semana passada nos levaram a fazer uma pausa e reavaliar nossas estratégias de doação para as campanhas políticas", disse o banco à coluna. Segundo a instituição, essas ações terão uma "aparência diferente no futuro".
O Citigroup também aderiu ao movimento. Em comunicado enviado aos funcionários, disse que pretende suspender todas as contribuições políticas neste trimestre.
"Queremos que tenham certeza de que não apoiaremos candidatos que não respeitem o Estado de Direito”, disse Candi Wolff, chefe global e diretora do Citi para assuntos governamentais. Na mensagem, Wolff afirma que o banco chegou a doar US$ 1.000 para a campanha do senador republicano Josh Hawley, um dos candidatos que lideram a acusação contra certificação dos resultados da eleição americana.
A ação dos bancos seguiu o anúncio anterior do grupo de hotéis Marriott, que resolveu direcionar a suspensão a políticos dos EUA que votaram contra a certificação de Joe Biden. A empresa chamou a invasão do Capitólio de um evento "destrutivo para minar uma eleição legítima e justa".
Paula Soprana (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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