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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Compradores podem ter problema para receber imóveis, diz entidade da construção civil

Crise de matéria-prima atrapalha oferta no setor

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São Paulo

O número de lançamentos no mercado imobiliário caiu quase 60% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2020, segundo levantamento que a CBIC (associação da indústria da construção) vai divulgar nesta segunda-feira (24). O cenário vem acompanhado de uma queda superior a 13% na oferta final de imóveis e de 12% nas vendas, na mesma base de comparação.

O recuo acontece na esteira de uma crise de escassez e aumento no preço de produtos como cimento e aço. Quase 60% dos empresários do setor dizem ter sido impactados pelo problema, que elevou a insegurança no mercado de imóveis, segundo a entidade.

“Contratos de construção e venda foram firmados com preços que não aguentam os aumentos de custos, e clientes poderão ter problemas para receber seus bens”, diz o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Quando a comparação é feita com o primeiro trimestre do ano passado, os lançamentos tiveram um aumento tímido, de apenas 3,7%. A oferta final —formada pelo estoque disponível para venda, em lançamento, construção ou pronto— caiu quase 15%, para cerca de 154 mil imóveis. Já as vendas cresceram 27% nesta base de comparação, com 54 mil unidades negociadas.

Pelos cálculos da CBIC, se a média de vendas dos últimos 12 meses se mantivesse, e nenhuma nova unidade fosse lançada, a oferta final levaria nove meses para se esgotar.

Segundo Martins, os empreendedores estão temerosos em lançar imóveis para o público de baixa renda.

Nos três primeiros meses, foram vendidas mais de 23 mil residências do programa Casa Verde e Amarela. As casas populares responderam por cerca da metade de todos os imóveis lançados, vendidos e disponíveis no país.

Com Mariana Grazini e Andressa Motter

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