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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Latam e Azul entram em nova queda de braço

Empresas anunciaram o fim do codeshare nesta segunda (24)

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São Paulo

Latam e Azul voltam ao ringue em uma disputa que faz lembrar o bate-boca que tiveram em 2019, quando entraram na corrida para tentar adquirir o que sobrou da recuperação judicial da Avianca e ficar com o espaço que ela ocupava no aeroporto de Congonhas. Recomeçou nesta semana uma nova troca de cotoveladas entre Latam e Azul com o anúncio do fim do codeshare da dupla, a parceria de compartilhamento de voos adotado em 2020 para ajudar as empresas na pandemia.

Jerome Cadier, presidente da Latam - Karime Xavier/Folhapress

Nesta segunda (24), a Latam anunciou que a parceria com a concorrente chegou ao fim. Segundo o presidente da empresa, Jerome Cadier, os voos do codeshare desceram a uma participação tão baixa, de 2%, que não valem as dores de cabeça pela dificuldade de integrar as operações das duas companhias.

Horas depois do anúncio da Latam, a Azul publicou um comunicado dizendo que acredita em uma tendência de consolidação no setor. Sem citar o nome de quem gostaria de comprar, a Azul anunciou que contratou consultores para estudar oportunidades.

Cadier reagiu. Negou qualquer intenção da Latam de vender a operação brasileira. “Eu posso garantir é que não existiu nenhuma conversa e nenhuma oferta sobre aquisição da Latam Brasil. Se foi, foram os consultores deles que conversaram com a Azul e tiveram as ideias deles. Mas com a gente não se discutiu e não teve oferta. Nem tem intenção da Latam de se separar Latam Brasil”, afirmou Cadier.

A Latam se encaminha para a fase final do Chapter 11, o processo de recuperação que abriu nos EUA quando a pandemia começou. Nos próximos meses, se reúne com credores e potenciais investidores para apresentar e fazer o acordo de seu plano de saída, definindo pagamento dos credores e como fica a composição acionária e da dívida.

Para explicar sua tese de que uma eventual consolidação entre Azul e Latam seria impensável, Cadier argumenta que uma transação do tipo dificilmente seria aceita pelos órgãos regulatórios. Ele diz que seria uma discussão complexa demais.

“Tem oportunidade para consolidação? Boa pergunta. Depois da saída da Avianca, todo mundo dizia: ‘tem pouca aérea no Brasil, são só três, está concentrado’. Ouvi isso várias vezes. E agora? Viram duas? Difícil. Do ponto de vista da Latam, nosso plano de saída do Chapter 11 não comporta discussão imaginando desmembrar mais de metade da operação da Latam”, diz.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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