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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Com Covid, receita com venda de ivermectina salta 1.272% em um ano

Vermífugo, também usado para tratar piolho, não tem eficácia comprovada contra o vírus

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São Paulo

Em um ano, a ivermectina, vermífugo também usado em tratamento de sarna e piolho, registrou aumento expressivo de unidades vendidas no país, segundo a Iqvia, instituto especializado em dados do varejo farmacêutico. Mas o que chama a atenção é o faturamento bilionário.

As vendas do remédio, que os defensores do chamado tratamento precoce incentivam (mas não tem eficácia comprovada contra a Covid-19) subiram 750% no acumulado anual de abril de 2021 em relação ao mesmo período anterior, para 84 milhões de unidades.

Em valores, o salto alcançado pelo varejo com as vendas do produto foi maior, de 1.272%, na mesma base de comparação. O ganho subiu de R$ 116,3 milhões para R$ 1,6 bilhão.

Em fevereiro, a Merck (MSD no Brasil), produtora inicial do medicamento, divulgou um comunicado afirmando que não há evidências pré-clínicas nem clinicas de eficácia da ivermectina contra o
coronavírus, além de indicar efeitos adversos em determinados públicos.

Dias depois, a Vitamedic, uma empresa brasileira que fabrica a versão genérica do medicamento, reagiu com outro comunicado dizendo que o produto é alvo de "campanhas contra na mídia" geradas por interesse de outras farmacêuticas. A Vitamedic também defende o uso do vermífugo para combater o coronavírus.

Apesar de os estudos não apontarem benefícios, o presidente Jair Bolsonaro defende o uso da ivermectina para prevenir a doença, assim como a cloroquina, indicada para o tratamento de malária.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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