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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Investida do governo Bolsonaro para privatizar Correios eleva tensão de trabalhadores

Fábio Faria, ministro das Comunicações, fez pronunciamento sobre o assunto nesta segunda-feira (2)

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São Paulo

O pronunciamento que o ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez na noite desta segunda (2) para defender a privatização dos Correios na volta das atividades do Congresso deu largada a uma guerra com os trabalhadores da estatal.

Segundo Marcos César Silva, vice-presidente da Adcap (Associação dos Profissionais dos Correios), os dirigentes sindicais já elevaram a pressão sobre os parlamentares questionando a falta de transparência do governo em relação aos estudos do projeto.

Horas antes da fala do ministro, os funcionários começaram uma campanha nas redes sociais contra a venda da estatal, e o assunto foi parar nos tópicos mais comentados do Twitter.

Também se discute a possibilidade de greve. José Rivaldo da Silva, secretário-geral da Fentect (federação que reúne as entidades da categoria), diz que a questão da privatização se sobrepôs aos debates da campanha salarial. “Não adianta ter um reajuste de salário, mas, amanhã, a empresa ser privatizada e perdermos o emprego”, afirma.

Para José Gandara, da Findect (outra entidade da categoria), o governo pressiona os trabalhadores para ver a greve acontecer. “Não somos a favor de fazer greve. O problema é que o governo promove a greve para ter o desgaste”, diz.

Com o retorno do recesso, a privatização volta à tona. A equipe de Paulo Guedes quer publicar o edital até o fim do ano e o presidente da Câmara, Arthur Lira, promete acelerar o projeto.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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