Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Fundação Cacique Cobra Coral vai pedir volta do horário de verão ao governo Bolsonaro
Entidade esotérica se reuniu com Ministério de Minas e Energia para tratar da crise hídrica
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A Fundação Cacique Cobra Coral, entidade esotérica que diz controlar o clima e teve uma reunião com o Ministério de Minas e Energia para tratar da crise hídrica, afirma que vai adicionar à sua lista de reivindicações ao governo o pedido para que seja retomado o horário de verão.
A inclusão da pauta acontece depois que o grupo de empresários favoráveis à mudança no relógio disse ao Painel S.A. que o governo está tratando esse debate de forma ideológica e não pode contar contar a sorte e esperar um dilúvio.
Para Fabio Aguayo, presidente da CNTur, associação do setor de turismo que encabeça o pleito dos empresários, os membros do governo ficaram "tão fechados nesse mundinho da ideologia e agora estão indo para o lado esotérico".
O grupo pró-horário de verão iniciado por Aguayo, que tem apoio de associações de bares e restaurantes, argumenta que a medida promoveria alguma economia de energia. Também permitiria estender o funcionamento de atividades ligadas ao lazer e ajudaria os negócios mais afetados na pandemia.
Osmar Santos, o representante da Cacique Cobra Coral, enviou uma mensagem para Aguayo dizendo que também apoia a volta do horário de verão e que tem décadas de parceria com o Ministério de Minas e Energia.
"Não será possível continuarmos sem o horário de verão quando voltarem as temperaturas de 34,7 graus em plena primavera, aliadas às precipitações irregulares, que poderão deixar o país refém do clima ou da lição de casa não efetuada", escreveu Santos ao representante empresarial.
A lista de reivindicações da fundação esotérica inclui medidas ambientais como proteção de nascentes e reposição de matas ciliares.
O ministério divulgou comunicado no domingo (17) dizendo que seu encontro com a Fundação Cacique Cobra Coral não foi pedido pela pasta.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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