Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Restaurantes pedem que iFood pague prejuízo por falha que trocou seus nomes por frase pró-Bolsonaro
Associação do setor também quer reforço em segurança de dados
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) disse nesta quarta-feira (3) que espera uma compensação financeira pelos eventuais prejuízos sofridos pelos estabelecimentos por causa da falha no app do iFood que trocou nomes de restaurantes por frases pró-Bolsonaro e ataques políticos nesta terça (2).
"Recebemos com muita preocupação a notícia. Além dos óbvios prejuízos financeiros, que esperamos que sejam compensados pelo aplicativo, e de imagem para os estabelecimentos, o que chama a atenção é a fragilidade demonstrada. Menos mal que a resposta tenha sido rápida, identificando e resolvendo o problema antes que os prejuízos se avolumassem", disse a Abrasel.
A associação representante dos restaurantes também pede que os procedimentos de segurança sejam revistos e reforçados não só no iFood, mas em todos os apps de entrega para proteger os dados dos estabelecimentos e de seus clientes.
Os estabelecimentos que foram alvo dos ataques tiveram os nomes trocados, por exemplo, por "Bolsonaro 2022", e ofensas como "Marielle Franco Peneira" (em referência à vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, morta a tiros em 2018. Usuários das redes sociais divulgaram capturas de telas na terça-feira mostrando as alterações.
A mudança nos nomes ocorreu em diferentes partes do país, como Florianópolis, Salvador, Natal, Criciúma e no ABC Paulista.
Em nota, o iFood confirmou ter identificado na noite desta terça-feira que alguns estabelecimentos cadastrados na plataforma tiveram seus nomes alterados.
A investigação interna do iFood apontou que não ocorreu um ciberataque à plataforma e que o incidente foi causado por um operador de atendimento de uma prestadora de serviços que tinha permissão para ajustar informações dos restaurantes.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters