Um grupo de empresários que defende a volta do horário de verão, mas não conseguiu avançar na pauta durante o governo Bolsonaro, pressiona para incluir o assunto no debate eleitoral deste ano.

Um dos líderes da bandeira, Fabio Aguayo, diretor da CNTur, associação do setor de turismo, diz que o pleito será levado aos candidatos aos governos estaduais e à Presidência logo após o Carnaval.

Aguayo é um dos apoiadores da candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

"Eu acho que, neste ano, vai ser uma das pautas de discussão de presidenciáveis e candidatos a governadores, ainda mais com a situação climática do Brasil. A gente não valoriza esses pequenos detalhes. Vamos fazer esse tema ser eleitoral, vamos cobrar publicamente", diz.

O grupo pró-horário de verão, que recebeu apoio de associações de bares e restaurantes, argumenta que a medida promoveria alguma economia de energia. Também permitiria estender o funcionamento de atividades ligadas ao lazer e ajudaria os negócios mais afetados na pandemia.

Segundo Aguayo, o empresariado do setor de turismo apoiaria o candidato que defendesse a volta da mudança no relógio. Ele reclama que o governo Bolsonaro transformou o assunto em ideológico, não técnico.

O horário de verão foi extinto em 2019 por Bolsonaro, sob o argumento de que já não garantia grande economia de energia e causava transtornos para trabalhadores.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco