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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Xico Graziano deixa cargo em Ilhabela e diz que foi por motivos éticos

Ele afirma que sentia falta de respaldo superior; prefeito diz que Graziano ajudou muito

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São Paulo

O ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo Xico Graziano renunciou nesta semana ao cargo de secretário de Meio Ambiente de Ilhabela, no litoral paulista.

Ele desembarcou atirando. "Saí porque sou honesto", disse ao Painel S.A.. Nas redes sociais, publicou uma mensagem dizendo que deixou o cargo para preservar sua história de vida e que "sentia falta de maior respaldo superior na luta contra os predadores ecológicos".

"Razões éticas, e não políticas, colocaram-me fora da Prefeitura", escreveu.

Xico Graziano em c oquetel de lançamento do livro "Campanhas Políticas nas Redes Sociais", na Livraria da Vila da Alameda Lorena, em fevereiro de 2020 - Mathilde Missioneiro -4.fev.20/Folhapress

Graziano é um dos raros representantes do agronegócio que aderiam à campanha presidencial de Sergio Moro e hoje faz parte do grupo de colaboradores do programa de governo para a candidatura do ex-juiz, mas nega que sua saída da secretaria tenha relação com as eleições. Um dos fundadores do PSDB, Graziano chegou a apoiar Bolsonaro em 2018, mas depois rompeu.

"Apanhei no jogo político dos poderosos. Mas com gosto, e quieto, os enfrentava. Até que rompeu a confiança. Que fique claro: minha saída pouca relação deve à campanha presidencial de Sergio Moro, a quem admiro e apoio", escreveu.

Ao Painel S.A., o prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, disse que campanha exige dedicação de tempo.

"O Xico é uma pessoa muito especial. Tem um histórico e uma bagagem imensa e nos ajudou muito nestes 13 meses que passou aqui. Mas quando você trabalha em uma prefeitura, você convive com realidades. É diferente da universidade e de ser secretário de estado e ministro. Tem uma relação direta com a população e as necessidades da sociedade", afirmou Colucci.

Segundo ele, em prefeitura, há que se tratar com "realidades do dia a dia", como a necessidade de se cortar uma árvore para ter uma calçada digna para o pedestre andar.

com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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