Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Associação de restaurantes diz que tirar estrogonofe de cardápio é xenofobia
Abrasel afirma que estabelecimentos não são palco para preconceito
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O protesto de alguns bares e restaurantes que decidiram tirar estrogonofe e vodca do cardápio para se posicionar contra a invasão da Ucrânia foi contestado pela Abrasel, associação que reúne estabelecimentos em todos os estados.
A entidade diz que se posiciona contra a guerra e que o setor deve se opor ao conflito, mas tendo cuidado para não ajudar a estimular o ódio.
Para a Abrasel, a ideia de apagar receita e ingrediente russo do cardápio pode até ter boa intenção, mas em nada contribui para as vítimas da guerra e ainda fomenta xenofobia contra o povo russo.
A entidade afirma também que os bares e restaurantes são ambientes democráticos e não palco para o preconceito.
O Bar da Dona Onça, no centro de São Paulo, foi um dos que suspenderam a oferta do estrogonofe, mas depois voltou atrás. O Empório Manuel, no Itaim Bibi, mudou o nome do prato para Picadinho Manuel. No Piselli, o drinque moscow mule passou a ser chamado de Kiev mule.
Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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