Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Empresas de ônibus levam queda de braço sobre fretamento a Brasília
Companhias travam disputa no Judiciário em meio a debate sobre regulamentação
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A queda de braço em torno da regulamentação no mercado de ônibus fretado vai ser levada a Brasília nesta terça-feira (28).
Representantes das empresas participam de reunião conjunta entre parlamentares da CVT (Comissão de Viação e Transporte) com membros dos ministérios da Economia, da Infraestrutura, do Turismo, Casa Civil e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Sem regulamentação, startups que operam com fretamento coletivo, como a Buser, e as viações de ônibus tradicionais travam disputa no Judiciário.
Marcelo Nunes, presidente da Abrafrec (Associação Brasileira dos Fretadores Colaborativos), que reúne prestadores de serviço para plataformas como a Buser, diz que as empresas pleiteiam a abertura do mercado. Segundo ele, existe uma analogia com a disputa que aconteceu entre táxi e Uber.
A Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros) disse que acompanha o movimento.
Para a entidade, é preciso tratar o serviço fretado privado de forma diferente do transporte público rodoviário de passageiros regular, que serve para atender milhões de pessoas que dependem do transporte com frequência, universalidade, capilaridade e estrutura.
"Certamente o legislativo terá muita atenção ao tratar direitos conquistados pela população ao longo de tantos anos e não será ludibriado facilmente com argumentos que não se sustentam ou que colocam em risco a mobilidade no país", diz a Abrati em nota.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos
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