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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Empresa de doador de Bolsonaro projeta cortar negócios com fornecedor se Lula ganhar

Stara, de implementos agrícolas, diz que fez apenas uma revisão de projeções

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São Paulo

Depois que o resultado do 1º turno mostrou Lula com 48% à frente de Bolsonaro, com 43%, a empresa Stara Indústria de Implementos Agrícolas, do Rio Grande do Sul, enviou comunicado a fornecedores dizendo que fará corte nos negócios caso o petista vença no 2º turno.

Sindicatos da região fizeram denúncia no Ministério Público do Trabalho, e a empresa se manifestou depois da repercussão do caso nas redes sociais.

Em vídeo divulgado nesta terça (4), o presidente da Stara, Átila Trennepohl, afirmou que a carta aos fornecedores que circula nas redes sociais aponta apenas uma revisão das projeções da empresa.

Átila Trennepohl, presidente da Stara - Reprodução/Facebook

"Nós planejamos o crescimento acima de 30% neste período de agosto e, devido a toda estabilidade econômica que estamos vivendo, estamos refazendo a projeção para 2023, o que é absolutamente natural dentro das empresas", disse o executivo no vídeo.

"Diante da atual instabilidade política e possível alteração de diretrizes econômicas no Brasil após os resultados prévios do pleito eleitoral deflagrado em 2 de outubro e, em se mantendo este mesmo resultado no 2º turno, a empresa deverá reduzir sua base orçamentária para o próximo ano em pelo menos 30%, consequentemente o que afetará o nosso poder de compra e produção, desencadeando uma queda significativa em nossos números", diz o texto republicado por lideranças sindicais na internet.

Entre os sócios da Stara, Gilson Lari Trennepohl, doou R$ 1 milhão ao todo na eleição deste ano, sendo R$ 350 mil para a campanha de Bolsonaro, R$ 300 mil para Onyx Lorenzoni (PL-RS), R$ 50 mil para as campanhas dos deputados eleitos para a Câmara dos Deputados Giovani Cherini (PL), Pedro Bandarra Westphalen (PP), Ubiratan Sanderson (PL) e Osmar Terra (MDB), além de R$ 25 mil para Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o 2º turno para o governo de São Paulo. Ao todo 11 candidatos receberam recursos de Gilson Trennepohl.

Susana Stapelbroek Trennepohl, também sócia da Stara, doou R$ 100 mil para a campanha de Onyx Lorenzoni (PL-RS).

Gilson Trennepohl é vice-prefeito do município de Não-MeToque (RS). Sua declaração de bens, na ocasião da candidatura, apontou mais de R$ 163 milhões.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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