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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu transição de governo

Alckmin encontra secretário de Fazenda de SP cotado para comandar Tesouro Nacional

Felipe Salto se reuniu nesta terça-feira com vice-presidente eleito para discutir nova âncora fiscal

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Brasília

Cotado para ser secretário do Tesouro, Felipe Salto, encontrou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira (15) em São Paulo. Na pauta estava a proposta de nova âncora fiscal que prevê a troca do teto de gastos por uma regra mais flexível, que permite crescimento real das despesas conforme o nível e a trajetória da dívida pública.

Salto é secretário de Fazenda de São Paulo. Há cerca de dez dias, o próprio vice sondou o economista para fazer parte da equipe econômica. Ele é cotado para ser secretário do Tesouro.

Integrantes da equipe de transição e políticos que sabiam do encontro desta terça afirmaram ao Painel S.A. que Salto já tinha sinalizado positivamente, caso venha receber um convite.

O secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, durante anúncio sobre as novas regras do ICMS do combustível - 27.jun.2022-Andre Ribeiro/Futura Press/Folhapress

Na semana passada, o ex-deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) chegou a pedir a Salto que antecipasse sua saída da Secretaria de Fazenda de São Paulo já para a próxima semana.

No encontro ocorrido nesta terça-feira, Alckmin quis ter a avaliação do secretário de Fazenda de São Paulo sobre a proposta de nova âncora fiscal —que prevê a troca do teto de gastos por uma regra mais flexível.

O secretário de SP defende a revisão do teto que, segundo ele, vem sendo descumprido há anos —o que significa que precisa ser trocado por outro mecanismo de controle.

Salto estima que o estouro do teto neste ano deve ser da ordem de R$ 150 bilhões. No seu lugar, ele considera que o melhor caminho seria algo similar à proposta apresentada pelos técnicos do Tesouro com regras que atrelam a Dívida Líquida do Governo Geral ao crescimento das despesas.

De acordo com essa proposta, quando houver previsão de redução da dívida, a despesa poderá crescer de 0,5% a 2% [da dívida]. Ao contrário, se houver previsão de alta, o gasto poderá subir, no máximo, 1%.

Se a dívida superar 55% do PIB, o governo terá de efetuar corte de gastos. Entre 45% e 55% do PIB, as expansões das despesas ficam em patamar intermediário. Abaixo de 45% do PIB, o governo usufrui da elevação máxima dos gastos.

Ao Painel S.A., Salto disse que defende uma nova âncora fiscal que está na mesma direção da proposta que ele e um grupo de especialistas estão desenvolvendo. Fazem parte desse time advogados e economistas, como Fernando Scaff, Eduardo Walmsley Carneiro e José Roberto Afonso. Salto não quis comentar sobre os bastidores de um possível convite para fazer parte do governo.

Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

Erramos: o texto foi alterado

​​Vicente Cândido não tem mais mandato como deputado. Na Câmara, ele atuou pelo PT-SP e não pelo PT-MG, como afirmava a versão anterior do texto. A reportagem foi corrigida.

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