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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Barreado do Paraná ganha selo de origem controlada

Registro, similar ao da champagne ou presunto Parma, é o centésimo concedido pelo Inpi

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Brasília

O barreado, prato típico do litoral do Paraná, ganhou, nesta terça-feira (6), o selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). É o centésimo registro do gênero. Há duas décadas, o primeiro foi concedido para os produtos do Vale dos Vinhedos (RS).

Na Europa, esse tipo de selo é comum para garantir os padrões de qualidade de produtos como a champagne, o cognac, o queijo roquefort, o vinho do Porto, o presunto Parma, entre outros de origem controlada.

Segundo o Inpi, pela legislação brasileira, qualquer artigo similar, mas produzido fora dos padrões da região, não pode ser vendido como tal. Por isso, os produtores nacionais não vendem "champagne" e, sim, espumantes.

Barreado, cozido de carne, acompanhado de banana e farofa, servido no restaurante Bistrô da Vila em Morretes (PR) - Karime Xavier - 19.mar.17/Folhapress

É uma forma de proteger o consumidor para evitar que ele compre "gato por lebre". Também fortalece os produtores. Na Europa, pesquisas realizadas pelos órgãos de marcas e patentes mostram que os consumidores se dispõem a pagar entre 10% e 30% a mais para levar um produto com selo de indicação geográfica.

No Brasil, o fortalecimento desse mercado está associado à atuação do Sebrae nacional, que orienta os produtores, especialmente os de menor porte, a consolidarem seu negócio e formar associações –exigência para que o selo de origem geográfica seja concedido.

Hoje, dos 100 selos de Indicações Geográficas nacionais, 76 são Indicações de Procedência (IP) –que identifica o produto ou serviço pela região– e 24 são Denominações de Origem (DO) –em que o produto ou serviço possui características e qualidades decorrentes de fatores naturais e humanos.

Nove estrangeiros fizeram registros no Brasil para garantir que seus produtos de origem não sejam copiados e vendidos no país como tal. Entre eles está a champagne, o vinho do Porto, o presunto Parma.

Segundo os dados do Inpi, o Sudeste é a região brasileira com mais IGs (35), seguido pelo Sul (32), Nordeste (17), Norte (12) e Centro-Oeste (4).

Entre os estados que possuem mais registros, destacam-se Minas Gerais (16), Rio Grande do Sul (13) e Paraná (12).

As IGs envolvem 64 produtos agroalimentares, 20 produtos não-agroalimentares, 15 vinhos e destilados e um serviço. Os produtos com mais Indicações Geográficas no Brasil são: café (14), artesanato (12), vinhos ou espumantes (12) e frutas (12).

Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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