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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Alckmin diz que Haddad teve sensibilidade ao tirar IPI do pacote e agrada industriais

Na Fiesp, nesta segunda, ministro prometeu fim do tributo na reforma

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São Paulo

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, agradou industriais em reunião na Fiesp nesta segunda-feira (16) ao afirmar que o governo pretende acabar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na reforma tributária e que se chegou a considerar a revogação do corte de 35% do tributo no pacote de medidas da semana passada, mas depois desistiram. A leitura é de que Alckmin "entendeu o recado".

"Excluímos [do pacote econômico] a questão do IPI. É óbvio que quando você tem um déficit fiscal é dever procurar zerá-lo, você tem de procurar recurso. Tinha uma possibilidade de ser cancelada a redução de 35% do IPI e nós conseguimos retirar da proposta. A próxima meta é acabar com o IPI na reforma tributária", disse Alckmin, que foi aplaudido diversas vezes durante a reunião.

Segundo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve "sensibilidade" ao escantear a revogação de um imposto com "valor expressivo".

Alckmin não deu detalhes de como o governo vai viabilizar um projeto no Congresso, mas disse que a equipe econômica pode aproveitar duas PECs (Proposta de Emenda à Constituição) que já estão em tramitação para aperfeiçoar um novo texto. Ele afirmou que a discussão "está madura".

Presidente-executivo da Abihpec (associação de higiene e perfumaria), João Carlos Basilio disse que os empresários ficaram satisfeitos de verem que Alckmin entendeu o pleito da indústria e sinalizou como resposta a reforma tributária. Ele também elogiou a crítica de Haddad, em Davos, na Suíça, sobre a tentativa de volta da CPMF no governo Bolsonaro —sinal de que a medida não voltará com Lula.

"Essa é a grande notícia, o visível alinhamento e a demonstração de abertura ao diálogo com a indústria", afirmou Basilio.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin - Pedro Ladeira - 04.jan.2023/Folhapress

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