Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Caminhoneiros elogiam decisão do governo de taxar petróleo exportado
Chorão, líder da categoria, diz que Petrobras precisa de transparência na política de preços
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Os movimentos anunciados pelo governo Lula para a reoneração de Pis Cofins da gasolina e do álcool nesta terça (28) foram bem vistos entre os caminhoneiros.
Embora não tenham atingido o diesel, cujos tributos permanecem zerados até o fim do ano, os caminhoneiros representam um setor da sociedade que, desde a grande paralisação de 2018, ganhou peso dos debates sobre o tema.
Wallace Landim, o Chorão, uma das principais lideranças da categoria na greve que parou o país há cerca de cinco anos, elogiou a criação da taxa provisória de 9,2% sobre as exportações de petróleo bruto.
"Hoje, o petróleo bruto vai para fora sem pagar imposto nenhum e a gente compra ele dentro do PPI sendo taxado em dólar. A população e a nossa categoria continua sendo lesada. É uma das coisas em que eu acho que ele acertou", diz.
A medida, que tem duração de quatro meses, passou a valer a partir desta quarta-feira (1º).
Chorão também voltou a afirmar que a Petrobras precisa elevar a transparência na política de preços. "Nunca teve transparência, é isso que a gente pede. De fato, está abaixo do preço do PPI? Quanto reduziu? Quanto não reduziu? A gente não sabe."
Nesta terça (28), a estatal anunciou corte de 3,9% no preço da gasolina em suas refinarias. O preço do diesel também será reduzido, em 1,9%.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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