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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Receita tenta receber multa de BTG por pagamentos a Esteves e executivos

OUTRO LADO: Banco nega irregularidades; para o fisco, houve dedução indevida de seu IR valores pagos a dirigentes

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Brasília

A Receita Federal cobra do BTG Pactual R$ 26,8 milhões em Imposto de Renda e multa. O valor refere-se a pagamentos supostamente irregulares feitos a André Esteves e outros cinco dirigentes. O banco nega.

O caso seria julgado pelo Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) na quinta (27), mas foi retirado de pauta pela quarta vez.

André Esteves, do BTG Pactual - Reuters

O processo se refere à participação sobre lucros e resultados (PLR) recebida pelos executivos em fevereiro de 2007, relativa ao exercício de 2006.

Ao todo, os seis diretores receberam R$ 47,5 milhões (R$ 119,7 milhões, em valores atualizados pelo IPCA). Esteves, sozinho, ficou com R$ 21,8 milhões (R$ 54,9 milhões).

A Receita sustenta que o banco descumpriu acordo coletivo firmado com o sindicato dos bancários ao pagar as verbas.

Pelo acordo, somente empregados admitidos até setembro daquele ano teriam direito a receber PLR.

Os pagamentos foram realizados em dezembro de 2006 e, ainda segundo a Receita, nos meses anteriores, os executivos vinham atuando como "diretores não empregados".

Naquela época, o banco suíço USB tinha comprado o Pactual. A junção das duas instituições deu origem ao UBS Pactual, que, posteriormente, tornou-se BTG Pactual.

O fisco afirma que o BTG deduziu ilegalmente de seu Imposto de Renda a PLR paga aos seis beneficiários.

O banco recorreu ao Carf, mas foi derrotado por unanimidade na primeira instância do conselho (1ª Turma da 4ª Câmara da 1ª Seção).

Depois disso, recorreu à última instância, a Câmara Superior de Recursos Fiscais. O julgamento foi inicialmente marcado para 26 de maio de 2022. Entrou e saiu da pauta mais três vezes. Seria julgado nesta quinta (27), mas foi adiado "por motivo justificado".

Por meio de sua assessoria, o BTG Pactual informou que, em outro processo, o Carf declarou como regular o pagamento do PLR para seus executivos.

"Todos os executivos pagaram imposto [sobre o PLR], na data e no montante devido. O objeto de análise atualmente do Carf é se o BTG Pactual poderia ter usado a despesa de pagamento de PLR aos executivos no cálculo do valor a ser pago de IR da própria instituição."

Com Diego Felix

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