A intenção do governo Lula de acabar com a isenção na importação de encomendas até US$ 50 levantou grande debate nas redes sociais na semana passada, mas a discussão deixou de fora o dono da Havan, Luciano Hang, um dos maiores envolvidos no movimento do varejo e da indústria locais para frear o avanço dos ecommerces estrangeiros.
Hang permanece com o acesso restrito a seus perfis na internet por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Mas a argumentação do empresário é favorável à iniciativa de abordar o tema.
"A proteção da economia e dos empregos é uma preocupação constante para mim. Por isso, acredito que a luta contra a concorrência desleal das plataformas de marketplace internacionais é um passo importante na criação de um mercado justo e equilibrado para todos", diz o empresário em nota.
"Há algum tempo tenho acompanhado de perto esse assunto e acredito que é fundamental que empresas estrangeiras sigam as leis do Brasil. O que as empresas brasileiras lutam é pela isonomia. Ou as estrangeiras se adequam às leis do nosso país ou o governo isenta a grande tributação das varejistas brasileiras", afirma.
Desde o ano passado, Luciano Hang está engajado no movimento puxado por gigantes do varejo para combater o que eles chamam de camelódromo digital.
O assunto foi levado pelos empresários à Receita Federal ainda na gestão Bolsonaro, mas a medida impopular não chegou a ser abraçada pelo governo, que já tinha entrado no clima do ano eleitoral.
O ex-presidente, publicamente, se posicionava contra a taxação das compras nos sites estrangeiros e dizia que não assinaria nenhuma medida provisória para taxar compras por aplicativos como Shopee, AliExpress e Shein.
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