Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Funcionários entram na disputa pela troca de comando na Caixa
Representantes de associações de empregados do banco desaprovam os cotados Miriam Belchior e Gilberto Occhi
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A disputa política pelo comando da Caixa Econômica Federal chegou aos funcionários do banco estatal, braço operacional do governo na execução de projetos de cunho social, como o Bolsa Família.
Representantes de diversas associações de servidores do banco fizeram chegar ao Planalto a insatisfação em torno dos cotados. Os dois principais são Miriam Belchior e Gilberto Occhi. Por fora, segue a ex-deputada Margarete Coelho, diretora financeira do Sebrae ligada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A reação dos funcionários ocorre porque Lula fez circular entre assessores sua preocupação de dar o comando do banco a um filiado do PT "ligado aos funcionários". O presidente se referia a Miriam Belchior.
Secretária-executiva da Casa Civil, Belchior foi ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Também presidiu a Caixa entre 2015 e 2016.
Funcionários e executivos do banco ouvidos pela coluna sob anonimato afirmam que Belchior ainda não foi "perdoada" por dar início ao projeto de abertura do capital da Caixa Seguradora, em 2015, projeto que foi viabilizado na gestão Jair Bolsonaro, com o ex-presidente Pedro Guimarães no comando do banco estatal.
Um alto executivo do banco disse que, à época, Miriam Belchior cogitou até mesmo a abertura de capital da própria Caixa, algo que nem o governo Bolsonaro levou adiante.
Hoje, o nome mais forte para a substituição de Rita Serrano, atual presidente da Caixa, é o de Gilberto Occhi (PP-MG), que também presidiu a instituição entre 2016 e 2018, durante o governo Michel Temer.
Occhi é do partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e representa a escolha do centrão, bloco de partidos aliados de Lira. Seu nome já está na Casa Civil.
Uma auditoria interna no banco revelou que Occhi favoreceu aliados políticos e familiares enquanto presidia a instituição, entre junho de 2016 e abril de 2018. A ajuda teria ocorrido por meio de contratos imobiliários, ingerências para liberação de pedidos de aliados, e outras operações de crédito do interesse de familiares do próprio Occhi.
Com Diego Felix
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