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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Varejo usa inteligência artificial para recrutar e economizar R$ 2 bi ao mês

Startup reduz em até R$ 2 bilhões custos do varejo recrutando via IA

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Brasília

Fundador da Recrut.AI, empresa que faz seleção de profissionais com base em inteligência artificial, Patrick Gouy se define como um nerd desde oito anos. Aos 43, ele é um dos donos de uma mina, que vem atraindo grandes varejistas e investidores.

Eleita pela 100 Open Startups como uma das melhores do país, a empresa, que tem apenas quatro anos, já trabalhou para Unilever e Natura. Seu modelo dispensa a leitura de milhares de currículos.

Como a inteligência artificial superou os caça-talentos?
A plataforma não retira essa competência deles, nem os substitui. Ela oferece informações pré-selecionadas mais qualificadas para a escolha de candidatos alinhados com o objetivo das empresas.

Patrick Gouy, CEO da Recrut.AI - Leo Caldas/Divulgação

Como assim?
Ao preencher nosso cadastro, o interessado responde somente cinco perguntas, o que permite à IA traçar um perfil com 250 informações referentes a ele. Imagine aquela empresa de recrutamento tradicional, que antes recebia diariamente 3.000 currículos. Evidente que o headhunter não se aprofunda em todos eles. A IA faz isso para ele e já cruza com o perfil desejado pela empresa. Os selecionados seguem para o recrutador, que escolhe quem fará entrevistas.

Isso gera economia para os empregadores?
Sim, especialmente para os varejistas, que, no Brasil, exibem o maior turnover [troca de posições] do mundo. Em menos de um ano, todos os empregados de uma rede costumam mudar. Nos EUA, esse índice era de 55% [a troca completa dura dois anos], mas subiu um pouco na pandemia. O varejo gasta R$ 2,5 bilhões por mês com esse processo [desligamentos e novas contratações]. Com nossa solução, esse custo cairia para R$ 500 milhões mensais. Além disso, o prazo de contratação cai bastante. Atendemos uma rede atacadista do Nordeste que, antes, demorava um mês para abrir uma loja [devido às dificuldades de seleção]. Reduzimos esse prazo para sete dias. Eles já abriram 12 lojas.

Quanto foi investido no negócio?
A primeira rodada contou com R$ 1,5 milhão, em 2021. Estamos preparando a segunda etapa para levantar R$ 10 milhões com fundos e ampliar nossa capacidade de processamento de dados.

Qual a meta?
Queremos ser a maior plataforma de recrutamento do varejo brasileiro. Já movimentamos 10 milhões de currículos e empregamos 25 mil deles. Nossa média mensal de novos candidatos é de 250 mil inscritos.


Raio-X | Parick Gouy, 43

Formação: Administração pela FCAP e MBA em Gestão pela Cedepe Business School

Carreira: CEO da RH3 Software (2002-2018); Vice-presidente da Assespro-PE e conselheiro fiscal da Softex-Recife (2016-2021); sócio-fundador da Recrut.AI (2018 até hoje)

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