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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Congresso Nacional

Venda da Credz para DM depende de recomposição do Cade para evitar quebra

Administradoras de cartões de crédito aguardam chegada de novo conselheiro para notificarem operação; demora pode afetar mercado

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Brasília

A indicação de quatro integrantes para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pelo presidente Lula deu fôlego para a Credz, administradora de cartões de crédito vendida para a DM (ex-DM Card).

A operação, que pode tirar a Credz de uma recuperação judicial, corre risco, caso os nomes não sejam aprovados pelo Senado nas próximas semanas.

Venda da Credz para DM depende de recomposição do Cade para evitar ‘quebra’ - Gabriel Cabral/ Folhapress

A junção das duas companhias criará a maior administradora independentes de cartões de crédito, com uma base de 3 milhões de plásticos e um volume de venda de R$ 20 bilhões.

Pessoas que participam das negociações afirmam que, embora não seja uma empresa regulada pelo Banco Central, a autarquia está preocupada com esse impasse, porque há bancos credores e pode haver contágio no mercado de fundos.

Além disso, ainda segundo relatos, uma possível "quebra" da Credz levaria a uma desconfiança no mercado de pagamentos (maquininhas) e cartões –algo com potencial para conter a oferta de crédito na praça.

Servidores do BC consultaram o Cade sobre a situação do conselho, que possui no momento apenas três integrantes, após o vencimento do mandato de Luis Braido no início deste mês.

O plenário do Cade é formado por sete conselheiros, mas só pode haver deliberações com ao menos quatro. Ou seja: o tribunal segue paralisado até que os novos integrantes sejam aprovados pelo Senado.

A expectativa é que ao menos um dos nomes seja sabatinado e aprovado nas próximas duas semanas, a tempo de que o plenário seja recomposto.

A compra da Credz pela DM precisa ser notificada ao Cade e as partes estão preocupadas com o prazo, segundo integrantes do conselho.

Isso porque já expirou o "waiver" (perdão) dado pelo Credit Suisse pelo não pagamento de uma dívida de R$ 200 milhões.

A execução da dívida dispara o vencimento antecipado das demais dívidas da companhia, cerca de R$ 3,5 bilhões.

Tanto o Credit Suisse quanto demais bancos credores aguardam o desfecho do acordo de compra e venda no Cade, antes de tomarem medidas em relação a seus créditos.

Outros 33 casos de fusões e aquisições seguem à espera da reativação das sessões do Cade.

Os quatro indicados são: José Levi Mello do Amaral Júnior (na vaga decorrente do término do mandato de Luiz Augusto Hoffmann), Camila Cabral Pires Alves (Sérgio Ravagnani), Diogo Thomson de Andrade (Luis Braido) e Carlos Jacques Vieira Gomes (Lenisa Prado).

Com Paulo Ricardo Martins

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