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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu petrobras

Americanas dobra perdas, mas Petrobras é campeã em prejuízos entre as empresas abertas

Levantamento mostra que, apesar das fraudes, petroleira é a que mais vezes ficou no vermelho devido a esquemas de corrupção

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São Paulo

O prejuízo de R$ 12,9 bilhões em 2022 divulgado pela Americanas em seu balanço nesta quinta-feira (16) é o oitavo maior registrado por uma empresa brasileira de capital aberto desde 2010. O levantamento foi feito por Einar Rivero, consultor de dados do mercado financeiro.

Alvo de um escândalo contábil com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões, a varejista dobrou seu prejuízo em relação a 2021 e teve desempenho pior do que a da Azul, por exemplo, que, em 2020, sob os reflexos da pandemia, fechou no vermelho com R$ 10,8 bilhões.

Imagem mostra homem andando em frente a fachada de loja da Americanas
Loja da Americanas em Brasília - Ueslei Marcelino - 16.nov.23/Reuters

O pior resultado no período ainda pertence à Vale, que, em 2015, teve prejuízo de R$ 44,2 bilhões. O ano foi marcado pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG) –tragédia que causou 19 mortes e deixou o distrito de Bento Rodrigues submerso em lama.

A companhia que mais aparece na lista é a Petrobras –três vezes, na segunda, terceira e sexta posição.
Os resultados ruins tiveram início em 2014, quando a estatal registrou prejuízo em torno de R$ 21,6 bilhões. À época, a empresa teve baixa de R$ 6,2 bilhões atribuídos a casos de corrupção investigados pela operação Lava Jato.

Maiores prejuízos para empresas brasileiras de capital aberto desde 2010

  1. Vale (2015)

    Prejuízo: R$ 44,2 bi

  2. Petrobras (2015)

    Prejuízo: R$ 34,8 bi

  3. Petrobras (2014)

    Prejuízo: R$ 21,6 bi

  4. Oi (2022)

    Prejuízo: R$ 19,3 bi

  5. OGX (2013)

    Prejuízo: R$ 17,4 bi

  6. Petrobras (2016)

    Prejuízo: R$ 14,8 bi

  7. Eletrobras (2015)

    Prejuízo: R$ 14,4 bi

  8. Americanas (2022)

    Prejuízo: R$ 12,9 bi

  9. Azul (2020)

    Prejuízo: R$ 10,8 bi

  10. Oi (2019)

    Prejuízo: R$ 9 bi

Com Paulo Ricardo Martins

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