O prejuízo de R$ 12,9 bilhões em 2022 divulgado pela Americanas em seu balanço nesta quinta-feira (16) é o oitavo maior registrado por uma empresa brasileira de capital aberto desde 2010. O levantamento foi feito por Einar Rivero, consultor de dados do mercado financeiro.
Alvo de um escândalo contábil com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões, a varejista dobrou seu prejuízo em relação a 2021 e teve desempenho pior do que a da Azul, por exemplo, que, em 2020, sob os reflexos da pandemia, fechou no vermelho com R$ 10,8 bilhões.
O pior resultado no período ainda pertence à Vale, que, em 2015, teve prejuízo de R$ 44,2 bilhões. O ano foi marcado pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG) –tragédia que causou 19 mortes e deixou o distrito de Bento Rodrigues submerso em lama.
A companhia que mais aparece na lista é a Petrobras –três vezes, na segunda, terceira e sexta posição.
Os resultados ruins tiveram início em 2014, quando a estatal registrou prejuízo em torno de R$ 21,6 bilhões. À época, a empresa teve baixa de R$ 6,2 bilhões atribuídos a casos de corrupção investigados pela operação Lava Jato.
Com Paulo Ricardo Martins
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