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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Bioeconomia tem potencial para gerar R$ 2,9 tri por ano

Pesquisa diz que, para alcançar esse desempenho, país precisa investir R$ 1,3 trilhão

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São Paulo

Com a implementação de novas tecnologias verdes, o Brasil pode acrescentar cerca de US$ 592,6 bilhões (R$ 2,9 trilhões) à sua receita anual até 2050 e cortar 29 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. É o que mostra um estudo feito pela ABBI (Associação Brasileira de Bioinovação).

Para isso, porém, será preciso investir US$ 257 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em biocombustíveis, bioquímicos e proteínas alternativas (derivadas de vegetais ou cultivadas em laboratório, por exemplo).

A entidade afirma que o Brasil tem o potencial de produzir 570 milhões de metros cúbicos de biocombustíveis em 2050, o que resultaria em receitas anuais de US$ 234 bilhões (mais de R$ 1,1 trilhão).

Caminhoneiros aguardam para carregar caminhões de etanol na usina Vale do Rosário, em Morro Agudo (SP) - Edson Silva/ Folhapress

Durante a COP28, o presidente Lula (PT) confirmou que o Brasil vai participar da Opep, grupo que funciona como um cartel dos produtores de petróleo. Ele disse, no entanto, que a decisão de ingressar na organização terá como objetivo influenciar os países a acabar com a exploração de combustíveis fósseis. A decisão foi criticada.

O estudo da ABBI também prevê um potencial de produção de 14 milhões de toneladas de bioquímicos e de 9,8 milhões de toneladas de proteínas alternativas, em 2050. Esses produtos vão gerar receitas anuais US$ 34 bilhões (R$ 168 bilhões) e US$ 114 bilhões (R$ 562 bilhões).

Apresentada pela ABBI na COP28, a pesquisa mostra ser possível recuperar 117 milhões de hectares com a produção e o consumo de produtos da bioeconomia.

O levantamento da ABBI foi feito em conjunto com o Senai Cetiqt, a Embrapa Agroenergia e o Centro de Economia Energética e Ambiental da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os pesquisadores avaliaram 20 rotas tecnológicas e mais de 22 produtos da bioeconomia, de forma regionalizada. O estudo considera fatores como eficiência energética, potencial de descarbonização, investimento e receitas.

Com Paulo Ricardo Martins

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