Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Indústria química diz que fechará portas sem barreira para importados sujos
Abiquim pressiona para que Camex eleve imposto de 65 itens vindos da China
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A indústria química afirma que fábricas fecharão as portas se o governo não interferir junto à Camex (Câmara de Comércio Exterior) para o aumento do imposto de importação. A ideia é evitar o que chamam de "enxurrada de produtos sujos" vindos da China.
A Camex é um órgão colegiado vinculado ao Ministério da Indústria e o Gecex, comitê que decide sobre tarifas de exportação e importação, se reúne nesta terça (30).
A indústria química enfrenta uma concorrência direta com insumos importados da Ásia, particularmente da China, que entram muito mais baratos, mas sem garantias de que sejam sustentáveis, segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
O presidente-executivo da entidade, André Passos Cordeiro, defende que, a exemplo das barreiras erguidas sobre o aço vindo da Ásia, a Camex eleve tarifas de 65 itens.
Com isso, o setor acha possível frear as importações consideradas predatórias, dando um respiro para o setor, que já enfrenta paralisia em suas plantas.
Segundo a Abiquim, as importações desses 65 produtos cresceram 31,2% em volume no ano passado.
Essa situação, entre outros fatores, gerou um nível de ociosidade de 36% nas fábricas, o pior patamar dessa cadeia dos últimos 30 anos.
No caso do aço, a Camex aumentou o imposto de importação de 11 tipos. Antes, essas mercadorias variavam entre 9% e 12,6% e hoje a alíquota é de 25%.
"O cenário para a química é ainda mais crítico que aquele que vivemos no aço", disse Cordeiro. "Precisamos dessa medida com urgência ou teremos que fechar fábricas. O setor tem muito a ajudar o país em seu desenvolvimento, principalmente em arrecadação, mas precisamos adotar medidas mais duras para a importação desenfreada."
Com Diego Felix
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