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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Com morte de Silvio, SBT busca reinvenção com aplicativo gratuito

Com dificuldades de financiar produção própria, emissora mira internet para atrair publicidade

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Brasília e São Paulo

Com a morte do apresentador Silvio Santos, o SBT se prepara para tempos difíceis. Sem o PanAmericano por trás, banco que quebrou devido a fraudes, o grupo enfrenta dificuldades para levantar recursos e financiar novos projetos.

Pessoas envolvidas no desenvolvimento dos programas afirmam que cinco deles não trouxeram o retorno esperado e a emissora impôs corte de gastos nas novas produções. A estreia do Eita, Lucas!, por exemplo, foi adiada e sua estreia está prevista para o início de 2025.

A aposta, segundo pessoas que participam da gestão, é investir mais pesado na internet, com o lançamento de um aplicativo de streaming para veicular, de graça, programas do acervo —basicamente, os shows de auditório de Silvio Santos e novelas.

Além do acervo, também estarão disponíveis conteúdos originais, parcerias com estúdios nacionais e internacionais, além de canais ao vivo (lineares), tudo sem limite de telas.

O apresentador Ratinho (esq.) ao lado de Silvio Santos, durante a gravação do "Programa Silvio Santos", no SBT - Divulgação

Com a morte de Silvio, haveria um grande apelo para a estreia, mas ainda há questões técnicas a serem resolvidas.

Hoje, segundo relatos de executivos da emissora, o streaming da emissora já é a maior audiência do YouTube e o grupo pretende explorar isso em canal próprio, com venda de anúncios.

A publicidade na TV aberta vem caindo. As receitas passaram de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022, para R$ 1,1 bilhão, no fim do ano passado.

Houve intenso corte de gastos e o caixa da companhia passou a ser investido em aplicações financeiras, que permitiram um aumento de quase 76% no lucro da TV no período, passando de R$ 18,9 milhões para R$ 31,1 milhões.

Em março, Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, se tornou CEO e Renata Abravanel, sua irmã, assumiu a presidência do conselho de administração, responsável pela condução da estratégia da emissora. Fernando Justus Fischer é o executivo de operações da emissora.

Outros negócios

José Roberto Maciel, até então homem forte do SBT, comanda o Grupo Silvio, holding que congrega as demais empresas, como a TeleSena e a Jequiti.

Com a morte de Silvio Santos, há chances de que as negociações em torno da Jequiti, braço de cosméticos, sejam retomadas.

Neste ano, pela segunda vez, Silvio Santos negou a venda da companhia diante de uma oferta de R$ 450 milhões, considerada muito abaixo do que esperava. Em 2011, ele recusou uma oferta de R$ 1 bilhão feita pela Coty.

Ratinho

Grupos de empresários também se animam com as negociações pela compra do SBT. Rubens Menin, que hoje controla a CNN Brasil e é dono do banco Inter, seria um dos interessados. O empresário nega.

Os apresentadores Ratinho e Celso Portiolli também têm planos de se juntar a um empresário para adquirir o SBT, segundo pessoas a par do projeto de ambos.

Consultado, Ratinho nega intenção de adquirir a emissora. Portiolli não se manifestou.

Pessoas próximas à família Abravanel, as negociações dificilmente avançariam neste momento. As herdeiras de Silvio não querem se desfazer do canal, especialmente Daniela, Renata e Patrícia.

Com Diego Felix

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