Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu indústria

Sistema de controle de bebidas deve gerar R$ 15 bilhões em receitas extras

TCU manda Receita Federal religar o Sicobe, plataforma que fiscaliza a produção de bebidas nas fábricas; contrato com a Casa da Moeda envolveu corrupção

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Nem mesmo um lobby pesado da indústria de bebidas barrou o julgamento do TCU, que determinou o religamento do sistema de fiscalização e controle de bebidas, chamado de Sicobe.

A Receita Federal é contrária ao sistema e, no ano passado, fez uma consulta pública sobre a viabilidade do Rota Brasil, um sistema alternativo de monitoramento criado em 2022 e que ainda não foi implementado.

Linha de produção da fábrica da Ambev, em Jaguariúna (SP) - Folhapress

Por maioria, no entanto, os ministros da corte de contas decidiram que o desligamento não poderia ter ocorrido por força de uma medida administrativa do fisco e, sim, por alteração legal.

O sistema, que garante controle total dos volumes produzidos de bebidas por tecnologia embarcada nos envases das fábricas, deve garantir R$ 15 bilhões em receitas adicionais no ano, segundo cálculos feitos para a Casa da Moeda —que possui o contrato para operar o sistema.

O Sicobe foi desligado em 2016, no governo Michel Temer, e, desde então, levou a estatal a uma grave crise financeira, sem o contrato de R$ 1,4 bilhão.

Apesar da decisão, outro processo que tramita no TCU questiona o acordo entre a Casa da Moeda e a Sicpa, uma multinacional suíça envolvida em um episódio de pagamento de propina para a manutenção do contrato.

Houve acordo de leniência e a empresa pactuou o pagamento de cerca de R$ 800 milhões em ressarcimento.

Com Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas