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Eleições são tempo de despertar

Experiências bem-sucedidas no sertão da Paraíba dependem de políticas públicas e de pessoas compromissadas

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José Dias

Formado em ciências econômicas, é coordenador e captador de recursos do Centro de Educação Popular e Formação Social (Cepfs). É empreendedor social da Ashoka e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

Vivemos um momento de tomada de decisão. São ofertados caminhos com horizontes diversos. Se quisermos a defesa da democracia e a construção de caminhos seguros para políticas públicas que restabeleçam a dignidade de populações marginalizadas, devemos aproveitar o momento para conhecer melhor quem se apresenta aos cargos públicos no Executivo.

Por isso, é importante conhecer a trajetória de vida, de testemunho, no âmbito profissional, nos aspectos sociopolíticos, culturais e ambientais de cada um deles. Não basta ouvir as propostas que apresentam.

Urnas eletrônicas são preparadas para eleições de primeiro turno em todo o país - Rivaldo Gomes/Folhapress

Precisamos ter clareza e segurança do que cada um defende. Para isso, podemos confrontar suas ideias e propostas com o que têm feito no âmbito público e em suas trajetórias de vida.

No caso de reeleição, é preciso avaliar atitudes no período em que governa. Estão a serviço do povo mais sofrido? Se apresentaram como defensores, mas não corresponderam? E agora, como se apresentam? Como explicam seu comportamento?

Realmente houve mudanças de pensamento que se converterão em novas atitudes ou é mais uma estratégia de campanha para conquistar o voto da maioria?

Há candidatos que defendem o agronegócio como segmento que coloca alimentos na mesa do povo brasileiro. Isso não é verdade: quem coloca alimentos na mesa é a agricultura familiar.

Esse segmento da economia, desenvolvido por grandes e médios produtores, registra importante contribuição ao desenvolvimento do país a partir da exportação, com influência no PIB e no equilíbrio da balança comercial, mas não para a segurança e soberania alimentar.

O resgate de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar e da agroecologia requer que pessoas compromissadas com essas propostas de desenvolvimento possam ser eleitas ou reeleitas. Não podemos desperdiçar essa oportunidade.

O Centro de Educação Popular e Formação Social (Cepfs) atua há 37 anos no semiárido da Paraíba. Seu trabalho é referência para políticas públicas dignas de convivência com as adversidades do clima nas diversas regiões do país.

Entre os principais impactos da ação do Cepfs estão a implantação de 989 cisternas para captação de água de chuva para a produção de alimentos saudáveis. Isso significa 989 famílias e 4.551 pessoas com melhores condições para produzir.

Além disso, 1.401 famílias e 6.305 pessoas foram beneficiadas com cisternas para captação de água de chuva para consumo humano e outras 449 famílias e 2.634 pessoas receberam hortas orgânicas em seus quintais, com condições melhores para produção de alimentos saudáveis.

Entre outras ações estão os 30 bancos de sementes comunitários que ajudam 2.430 pessoas a ter melhores condições de armazenamento e compartilhamento de sementes crioulas para plantio no tempo certo.

Os fundos rotativos solidários, que são 38, apoiam 4.847 com administração de recursos e microcrédito. Entre 2003 e 2021, foram mais de R$ 900 mil movimentados.

Mais de cem agricultores no sertão da Paraíba produzem de forma agroecológica, gerando vidas e renda sustentável na região. A ampliação dessas experiências depende de políticas públicas.

Isso requer que pessoas comprometidas com essas iniciativas sejam eleitas. Pense e reflita sobre essa grande oportunidade ofertada pelas eleições nos cargos do Executivo. Não desperdice seu voto no segundo turno.

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