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PerifaConnection, uma plataforma de disputa de narrativa das periferias. Feita por Raull Santiago, Wesley Teixeira, Salvino Oliveira, Jefferson Barbosa e Thuane Nascimento

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Mídia de extrema direita tenta entrar nas favelas com realidade paralela

Uma estratégia conservadora maligna, que visa influenciar pessoas pobres a votar em quem defende interesses dos ricos e da iniciativa empresarial

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Jefferson Barbosa

Jornalista, fundador do coletivo Voz da Baixada, integrante do PerifaConnection e formando em Comunicação Social pela PUC-Rio

Emerson Caetano

É fundador do NENRI (Núcleo de Estudantes Negros de Relações Internacionais), morador de Nova Iguaçu (RJ) e fellow das Nações Unidas para a Década do Afrodescendente

Dizer que as favelas não têm opinião própria é uma tática para perpetuar a política ditada pelos ricos, em detrimento do controle social e da miséria das classes mais pobres. A nossa opinião, por vezes silenciada, só é levada em conta para sustentar uma situação de lucro sobre a desgraça.

Um grupo composto por maioria de homens brancos e ricos quer entrar nas favelas para "ajudar" o favelado a formar opinião própria. Na primeira vez que isso aconteceu, milhares de africanos e indígenas foram escravizados para enriquecer senhores europeus. Esse episódio da história do Brasil ficou conhecido como colonização.

A colonização acontece quando alguém se intitula superior a você e tenta por todos os meios possíveis causar sua desumanização e domesticação. Isto até que você seja uma máquina a serviço dos seus interesses econômicos e políticos.

Brasil Paralelo é o nome da mídia conservadora que ganhou destaque durante o governo estapafúrdio de Bolsonaro. A partir da produção de filmes e documentários manipuladores, esta instituição midiática quer se infiltrar nas favelas para doutrinar jovens e crianças com teorias mentirosas sobre a história do Brasil e da nossa realidade política.

Uma estratégia conservadora maligna, que visa influenciar pessoas pobres a votarem em quem defende interesses dos ricos e da iniciativa empresarial.

Olhando para os conteúdos já produzidos por eles, encontramos uma das produções que apoia a ditadura militar. Como argumento, utilizam mentiras sobre o evento que matou e torturou toda uma geração de jovens em 1964.

Sabe por que é tão importante para eles disputar essa narrativa? O motivo é que durante governos autoritários, como o atual e o dos militares, a riqueza do 1% da população bilionária brasileira cresce ainda mais. E "pasmem": os pobres ficam mais próximos da miséria.

O nazismo e o fascismo também utilizaram as plataformas dos meios da comunicação para introduzir suas crenças e segregar populações.

Desconfiem! Pois um grupo majoritariamente composto por pessoas ricas, realmente só pode viver em um Brasil Paralelo.

Quantas pessoas pobres vocês conhecem que apoiam o governo atual? Elas falam dessa realidade paralela que não é delas, mas que alguém as ajudou a construir em seu imaginário político até internalizar como verdade.

Eles querem expandir e contaminar mais pessoas com esta realidade paralela, que é maldosa, perversa e controladora de corpos e mentes.

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