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Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

Vote em mulheres negras!

Apenas 3% dos eleitos no Brasil são mulheres negra

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Você sabia que de cada 100 eleitos no Brasil menos de 3 são mulheres pretas? Esse quadro é o legado de um país com 522 anos, mas onde 388 foram edificados sob regime de escravidão. Isso gerou uma desigualdade em vários âmbitos da sociedade e é marca da crise de identidade brasileira, baseada no racismo e na desigualdade de gênero na ocupação de espaços de poder.

No cenário político, as agendas que abordam o racismo sempre estão presentes nos discursos emocionados dos políticos. Mas, ao serem eleitos, deixam as pautas num cativeiro institucional, sem relevância política, sem capacidade orçamentária e sem importância política capaz de pautar uma agenda que impulsione a política para nossos interesses em vez de serem pautados por ele.

Um avanço fundamental foi a decisão do TSE que obriga os partidos políticos a reservarem recursos para candidaturas pretas. Vale ressaltar, fiscalizar e enfrentar o fato de que ao conquistar essa batalha se instala um movimento camaleônico de candidatos que mudaram sua cor/etnia para poder acessar tais recursos.

As mulheres pretas que atendemos no programa Mães da Favela em sua maioria se tornaram lideranças. Na favela, são líderes da maioria dos lares, mesmo sendo a parte mais atingida pelas desigualdades que se intercruzam em suas vidas.

A capacidade de reação, a inteligência e o potencial de produzir soluções destas mulheres adicionam tecnologias e potências políticas a qualquer luta. Na Cufa, testemunhamos isso na logística, nos projetos, na execução e na liderança.

Pensando em ocupar espaço no processo eleitoral, lançamos, em parceria com a FNA (Frente Nacional Antirracista) e a Agência Bolero, a campanha #VOTENELAS, para que as mulheres pretas sejam apoiadas e fortalecidas, econômica e politicamente, nos partidos para serem exitosas em garantir protagonismo político no Parlamento.

Em um vídeo nas redes sociais dos parceiros, uma urna eletrônica aparece com eleitores apertando o botão branco; na sequência, "Confirma" expõe o perfil de um Legislativo ocupado por homens brancos, indo totalmente na contramão da composição e diversidade da sociedade brasileira.

Ao fim do vídeo, reforça a importância de representatividade e informa os dados sobre a ausência de mulheres pretas. Em seguida, aperta a tecla "Corrige" e "Confirma".

A nossa sociedade já está bem madura para entender a participação política para antes, durante e depois das eleições, para que a participação, a ocupação e o protagonismo político não fiquem a reboque ou que as agendas dos nossos interesses sejam colocadas num espaço secundário.

Eleja mulheres pretas. Vote nelas!

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