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Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

Brasília e agenda pública

É preciso ter claro que os gestores passam, mas nossas lutas devem resistir

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As mudanças políticas no Brasil carregam consigo também a alteração de plataformas das políticas públicas, bem como projetos e ações que os governos eleitos planejam com base em suas vitórias eleitorais.

A dinâmica de participação social é muitas vezes reduzida; quando não, propõe-se apenas que sociedade civil doe, de maneira gratuita, sua inteligência, tempo e expertise. Na maioria das vezes, essas propostas não se desdobram em poder de decisão e ingerência sobre o que o gestor vai fazer.

A política se faz de simbolismo e acenos. O que se viu em Brasília, com pessoas que representam grupos socialmente excluídos e inviabilizadas pelas políticas públicas, subindo a rampa do Planalto com o presidente eleito, deixa enunciado que mudanças virão.

O presidente Lula, com a primeira dama Janja, o vice-presidente Geraldo Alckmin e sua esposa Lu Alckmin, na subida da rampa do palácio do Planalto, com o povo brasileiro, durante cerimônia de posse à presidência da República, em Brasília - Eduardo Anizelli/Folhapress

Essas mudanças encontrarão um país ainda com feridas políticas abertas, rupturas ainda sentidas e disputas sem mediações. A sociedade organizada e de base, que atua na ponta, tem que se reinventar todos os dias para acompanhar a montanha-russa de alterações das artimanhas do jogo político.

O grande desafio da sociedade civil é pautar esses espaços de forma que, de um lado, se tenha o cuidado de não se anexar aos governos e perder sua capacidade crítica e sua autonomia, mas, ao mesmo tempo, mantenha harmonia e diálogo na busca de agendas públicas junto a esses mesmos poderes.

É preciso ter claro que os gestores passam, mas nossas agendas e nossas lutas têm que focar em políticas sustentáveis, que durem e possam, de fato, sobreviver às tempestades dos tumultos e reviravoltas institucionais. Políticas de Estado e não de governos.

Diante dessa nova realidade, a Rede Cufa, junto com suas lideranças, coloca Brasília no centro das suas atenções, para ampliar o o diálogo, para fortalecer as agendas que temos como primordiais e produzir políticas públicas com eficiência, impacto e melhora na qualidade de vida das populações que mais precisam.

A boa nova é que nosso escritório de São Paulo ampliou nossa musculatura e rede de parceiros, fazendo com que desenvolvêssemos novas tecnologias, produzíssemos conhecimento, dados e pesquisas, criássemos soluções que foram premiadas dentro e fora do Brasil —tudo isso em plena pandemia. Dessa forma, nesta quinta-feira, realizaremos a inauguração de um braço institucional com sede no Distrito Federal.

A favela está não somente próxima, mas presente no próprio Planalto central para colaborar por um país mais justo e igualitário, onde nosso povo esteja presente nos espaços de elaboração, decisão
e poder.

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