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Doutora em economia, consultora de impacto social e pesquisadora do FGV EESP CLEAR, que auxilia os governos do Brasil e da África lusófona na agenda de monitoramento e avaliação de políticas

O líder é indispensável para haver gestão escolar efetiva

Potencial de impacto de uma boa liderança escolar ainda é subestimado

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São muitos os recursos necessários para uma escola funcionar. Infraestrutura física, merenda, livros, material escolar, transporte, segurança, professores, funcionários —a lista é longa. Somados, esses fatores levam à aprendizagem dos alunos e a escola a cumprir sua função social de formar plenamente os indivíduos e prepará-los para o exercício da cidadania.

Fatores externos têm, obviamente, grande influência no alcance dos resultados finais, mas, para fazer com que todos os elementos internos funcionem da melhor maneira, não há outra saída: é indispensável haver gestão escolar efetiva. É papel dos gestores coordenar os recursos físicos, financeiros e humanos para que cada um cumpra seu papel nessa complexa engrenagem.

Mais do que administrador de recursos, escolas precisam de líderes que criem e fomentem um ambiente seguro para promover a aprendizagem dos alunos. Pesquisas recentes indicam que o potencial de impacto de uma boa liderança escolar ainda é subestimado. No Brasil, o tema recebe cada vez mais atenção, como o livro sobre liderança escolar lançado pela Unesco nesta semana.

Nessa esteira do conhecimento acumulado sobre o papel da liderança escolar, em maio de 2021, o Conselho Nacional de Educação aprovou a Base Nacional Comum de Competências do Diretor Escolar. A Base descreve as competências esperadas de um diretor, organizadas em quatro dimensões: político-institucional, pedagógica, administrativo-financeiro e pessoal-relacional. O objetivo não é impor como todos os diretores escolares devem ser, mas orientar e estabelecer parâmetros para a elaboração e avaliação de políticas educacionais.

Apesar de já estar no segundo aniversário desde a aprovação, o documento ainda precisa ser homologado pelo Ministério da Educação. A partir da homologação, se retomam as discussões sobre as políticas necessárias para que o trabalho do diretor seja efetivo. Orientadas pelo documento nacional, cada rede de ensino dos entes subnacionais deve definir as competências esperadas e aprimorar os processos de seleção, formação e avaliação dos gestores. Tudo isso sob orientação e coordenação do MEC, que prestará apoio para as secretarias de Educação.

Capa de livro da Unesco lançado em abril de 2023 - Reprodução

Estamos no (longo) caminho da real profissionalização da liderança escolar, de oferecer condições consistentes para que o diretor possa executar seu imprescindível trabalho de gerenciar uma escola visando o desenvolvimento dos alunos.

Não precisamos dos heróis que superam todas as barreiras para fazer uma escola funcionar; precisamos, sim, de líderes formados, tendo o apoio necessário e sempre se desenvolvendo por meio de políticas públicas coerentes.

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