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Doutora em economia, consultora de impacto social e pesquisadora do FGV EESP CLEAR, que auxilia os governos do Brasil e da África lusófona na agenda de monitoramento e avaliação de políticas

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Políticas públicas precisam de avaliação participativa

Elas buscam envolver todas as partes interessadas no processo

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Independentemente da sua carreira, há habilidades a serem desenvolvidas, como aprender sobre fluxos e regras e lidar com pessoas que pensam diferente. É preciso refletir sobre feedbacks que nem sempre correspondem ao que acreditamos. Nesse processo, nem tudo dá certo. Analisar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado é essencial.

Da mesma forma, projetos e políticas precisam ter seu desempenho analisado. O projeto está indo bem, sendo implementado do modo como foi desenhado, alcançando os resultados esperados? Aqui entra a avaliação. Mas assim como indivíduos resistem a feedbacks, gestores de projetos também podem resistir a mudanças sugeridas. Em políticas públicas, avaliação é crucial. Ela indica como melhorar produtos e serviços para usar de forma eficiente os escassos recursos.

Como qualquer trabalhador, gestores públicos resistem a avaliações. Mas a sua institucionalização, a exemplo do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, torna mais difícil evitá-la.
Ainda assim, muitas avaliações são ignoradas, com um relatório em uma gaveta sem que se utilizem os resultados. É aqui que a avaliação participativa se destaca. Ela busca envolver todas as partes interessadas no processo de avaliação, de gestores a beneficiários finais.

A avaliação participativa é inclusiva e colaborativa, permitindo que várias partes atuem na definição dos critérios, na coleta de dados e na interpretação dos resultados. Isso aumenta a probabilidade de aceitação e uso das recomendações, além de desenvolver capacidades nos participantes para futuras avaliações.

Quando as pessoas envolvidas sentem que têm voz e que suas contribuições são valorizadas, elas estão mais propensas a aceitar e utilizar as recomendações da avaliação. Além disso, esse tipo de avaliação contribui para capacitar os participantes a compreender melhor os processos de avaliação e a utilizá-los em futuras iniciativas.

Apesar do crescimento da avaliação em políticas públicas, raramente se menciona a avaliação participativa. A participação ativa dos cidadãos e dos gestores na avaliação de políticas públicas não só legitima o processo como assegura que as avaliações sejam relevantes e úteis. Para avaliadores, é essencial entender a importância da avaliação participativa e insistir na sua implementação, apesar do trabalho que isso envolve.

Integrando a avaliação participativa, todos se tornam agentes de mudança e contribuem para políticas públicas eficazes e equitativas. Portanto, envolva-se, participe e insista —porque uma avaliação verdadeiramente participativa pode transformar realidades e impulsionar melhorias significativas.

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