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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Descrição de chapéu Libertadores

O ataque contra a estratégia será o duelo em Itaquera

Não será ataque x defesa, mas o Corinthians se protegerá de uma linha ofensiva avassaladora

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É impossível não pensar no Flamengo mais forte do que o Corinthians antes do início do duelo das quartas de final da Libertadores.

Com Dorival Júnior, o Flamengo disputou 15 partidas, marcou 31 gols e sofreu 12. Poupou jogadores, mas deixou claro que há crença em ganhar todos os torneios. "Não há desmobilização nenhuma. Vamos ter um time descansado contra o Atlético-GO e contra o Corinthians."

O Corinthians é de outra família. A torcida aceita a equipe competitiva, mesmo sem brilho. A Neo Química Arena gritará Curíntia do primeiro ao último minuto.

Dir-se-á a Gabigol: "Bem-vindo ao paraíso". O céu do futebol é o estádio lotado, não é o inferno. Com Vítor Pereira, o Corinthians tem menos vitórias do que a soma de empates e derrotas (15 vitórias, 11 empates, 9 derrotas), mas está invicto em Itaquera, com 10 vitórias e 5 empates.

Não sofre gols em casa há sete partidas. Só América-MG, São Paulo e Guarani fizeram gols na Neo Química Arena desde a estreia do treinador português, em março.

O Flamengo, do letal Pedro, é avassalador no ataque; o Corinthians, do experiente Fábio Santos, é seguro na defesa - Carla Carniel - 10.jul.22/Reuters

O Flamengo é avassalador no ataque, o Corinthians, seguro na defesa. Talvez fosse mais forte ofensivamente se Renato Augusto pudesse jogar. Há chance de estar no Maracanã, no segundo duelo contra os rubro-negros, mas até lá o Corinthians terá de chegar vivo.

Até jogadores corintianos manifestam seu espanto com Vítor Pereira. Chegou pregando pressão para recuperar a bola, habitar o campo de ataque e, na contramão, pede sempre a presença de um ponta completando linha de cinco na defesa. O Corinthians joga no 4-3-3, quando pode. Quando não dá, 5-4-1 neles.

Como Vítor Pereira não é Felipão, ninguém dirá que inventou a retranca. Os olhares são mais benevolentes do que com o técnico pentacampeão mundial. É possível que o treinador plante seu time defensivamente, se entender esta como a melhor estratégia.

Será um jogo, não filosofia para o resto a vida.

Itaquera entende. Seria diferente se a situação fosse oposta e o Maracanã tivesse de gritar "Oh, meu Mengão" e gostar de você mesmo precisando defender-se.

Não será um ataque x defesa, mas pode apostar que haverá momentos de o Corinthians se proteger de um ataque avassalador com Gabigol, De Arrascaeta, Éverton Ribeiro e Pedro. Atenção ao centroavante, esta função tão desaparecida, em alta performance, dos campos do Brasil. Pedro marcou nove vezes e deu cinco passes com Dorival Júnior. Participou de 14 (45%) dos gols rubro-negros com o novo técnico. Penando apenas nas partidas como titular, foram 14 de 19 gols (73%).

Yuri Alberto jogou quatro vezes e ainda não fez gols nem deu passe decisivo. No Internacional, a torcida reclamava de fazer três gols num dia e passar três rodadas sem marcar. Era a queixa de Johan Cruyff sobre Romário –não, Yuri nem Baixinho é, com seu 1,82 m.

É provável que Vítor Pereira escale Piton pela esquerda, para marcar Rodinei, Willian pela direita, para atacar Filipe Luís.

O Flamengo atacará. O Corinthians tentará ser estrategista. O rubro-negro é favorito. O jogo será decidido em campo.

Estratégia para vencer rivais mais fortes faz bem a quem deseja entender o funcionamento do jogo, tanto quanto atacar faz bem aos olhos de quem ama futebol.

O inventor da retranca

Se Felipão inventou a retranca, como se fez parecer depois do jogo contra o Flamengo, deve ter desinventado no domingo (31). O Athletico castigou o São Paulo, com menos posse de bola, mas sete desarmes no campo de ataque. Tem gente boa jogando assim na Europa.

O Athletico castigou o São Paulo na Arena da Baixada - Rodolfo Buhrer/Reuters

Nosso jogo delas

A seleção brasileira brilhou na Copa América feminina, o primeiro grande torneio disputado –e vencido– sem Marta e depois dela. Mas o time de Debinha, Adriano, Ary Borges, Bia Zaneratto será bom mesmo quando o Brasil se tornar o país do futebol, de homens e mulheres.

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