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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Dorival Júnior, técnico e vidente

Tomara que ele esteja certo ao prever o Brasil na final da próxima Copa

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Independentemente da atuação e do resultado do jogo desta noite (10) contra o Paraguai (21h30), a seleção brasileira, mesmo com algumas deficiências individuais e coletivas, está no grupo das candidatas ao título mundial em 2026. Isso porque outras importantes seleções também apresentam problemas, como Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Portugal, além da Argentina, campeã do mundo, que perdeu hoje para a Colômbia, por 2 a 1.

O Equador é um adversário difícil para qualquer seleção do mundo, como foi contra o Brasil, mas isso não justifica as deficiências da equipe brasileira contra os equatorianos. É preciso evoluir, jogar bem e de uma maneira prazerosa, convincente.

Lance de Equador 0 x 1 Brasil, em Curitiba - AFP

Sejam quais forem a atuação e o resultado do jogo de ontem, os times e a seleção brasileira necessitam se reinventar e apagar as condutas antigas ultrapassadas, como a pratica de dividir o meio campo até o ataque entre o camisa 5, o camisa 8, o camisa 10 e o camisa 9, além dos dois pontas. Tudo certinho, burocrático, como no jogo contra o Equador. Espero que contra o Paraguai seja diferente.

Cada vez mais, nas principais equipes do mundo, não há essa separação. Geralmente elas jogam com um volante centralizado, que marca, inicia as jogadas com um bom passe e às vezes avança para finalizar. Além disso, há um meio-campista de cada lado, atuando de uma intermediária à outra e participando regularmente das jogadas ofensivas. São o camisa 8 e o camisa10. Os times são compactos e não há espaços para um clássico meia-atacante, camisa 10, que joga perto do centroavante e do gol, sem participar da marcação.

O Manchester City não tem um clássico camisa 8 nem camisa 10, e quando Haaland não joga não há também o camisa 9, pois o time passa a atuar sem centroavante fixo.

Erling Haaland na partida Casaquistão 0 x 0 Noruega, pelas Eliminatórias de 2026 - Reuters

Contra o Equador, Vinicius Junior atuou como um ponta esquerda, fixo, isolado, e foi facilmente marcado. Lembrou-me a eliminação para a Croácia na Copa de 2024. Espero que contra o Paraguai seja diferente. No Real Madrid, Vini Jr é um atacante, não um ponta. O Real costuma atrair o adversário e aproveitar a velocidade e o talento de Vinicius com bolas lançadas nas costas do lateral e dos zagueiros.

Ter dois pontas abertos, rápidos, dribladores é uma ótima conduta em certas situações, pois os laterais adversários se posicionam muito abertos e com isso aumentam os espaços pelo centro. Por outro lado, os pontas dribladores são mais marcados e as equipes com dois pontas passam a ter um jogador a menos no meio campo, na armação e na marcação.

Dorival Júnior na partida contra o Equador, em Curitiba - AFP

Pontas canhotos, hábeis, que jogam pela direita e que driblam para o centro, viraram epidemia no futebol mundial. Na seleção brasileira, quatro têm sido chamados: Savinho, Raphinha, Luiz Henrique e Estêvão, embora, contra o Paraguai, tenha jogado Rodrygo, destro e que dribla pelos dois lados. Vários pontas canhotos brilham pela direita na Europa, como Lamine Yamal, na Espanha, e Saka na Inglaterra.

Tudo é incerto. O único que tem certeza é Dorival Junior, que afirmou, antes do jogo desta noite, que o Brasil estará na final da Copa de 2026.

Foi surpreendente, uma ousadia do prudente, e agora vidente, técnico. Tomara que esteja certo.

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