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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu tecnologia

'Nasci numa dinastia e tenho orgulho disso', diz Marcus Buaiz

Futuro marido de Isis Valverde, empresário capixaba estreia em investimento de infraestrutura

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Brasília

Amigo de estrelas e famosos, Marcus Buaiz tem uma fortuna estimada em R$ 4 bilhões e, apesar de jurar que não colocaria mais tanto a mão na massa, acaba de se associar à Conecta Já, uma empresa de internet do Espírito Santo, sua terra natal, para fazer dela um laboratório dedicado a espalhar data centers pelo país, mirando a digitalização de empresas, principalmente as de logística do eixo Sudeste-Nordeste.

Entre um negócio e outro, ele planeja o casamento com a atriz Isis Valverde.

O empresário Marcus Buaiz
O empresário Marcus Buaiz - @marcusbuaiz no Instagram

Não dá para começar sem fazer essa pergunta: quando você vai se casar com a Isis Valverde?
(Risos) Em maio e estou muito feliz. O momento que vivo hoje, no trabalho, na família, e até de autoconhecimento, é muito especial.

Você foi para o mundo das celebridades, algo sem ligação com os negócios de sua família. Foi tranquilo se desgarrar?
Nasci numa dinastia e tenho muito orgulho disso. Meu avô é filho de imigrantes libaneses, fundou a federação das indústrias e a do comércio, é um homem que contribuiu para o estado. Meu pai diversificou ainda mais os negócios. Existia uma visão de qual área do grupo eu iria atuar. E eu me apaixonei pelo entretenimento. O estado não tinha mercado para isso e lá seria impossível fazer minha identidade sozinho sendo filho e neto de quem sou.

Mas seu primeiro evento não foi em Vitória?
Foi o Vitória Pop Rock, 12 horas de música com sete bandas. Foi o maior risco que corri na minha vida, porque eu só tinha R$ 5 mil, que eu economizei com o salário de estagiário [em empresas do grupo da família]. Investi em um projeto 3D para que as pessoas pudessem visualizar o que estava na minha cabeça. Eu tinha o sonho, tinha o projeto e precisava de um financiador. Eu tinha dez visitas. Na nona, consegui um cara que colocou R$ 1,5 milhão. O break even [equilíbrio entre despesas e receitas] era para 10 mil pessoas. Colocamos 28 mil lá e ganhei um dinheiro significativo que permitiu me financiar a partir de então. Mudei para o Rio de Janeiro e fui estudar marketing. Esse evento aconteceu todo o ano.

Seu pai aceitou isso numa boa?
Em um primeiro momento, teve essa dificuldade. Ele falou: você quer atuar em serviço, a gente tem um shopping. Quer atuar na indústria? Estamos na área de alimentos, com café e trigo. Tem a comunicação. Para que você quer ir para outro lugar? Tive essa dúvida: será que estava indo contra uma dinastia? A partir daquele momento, eu estava em voo solo e era responsável por financiar meus sonhos e assumir meus prejuízos. Agradeço ao meu pai por isso.

Esse novo projeto é uma volta às origens?
Não. Voltei para o Grupo Buaiz como um conselheiro acionista. O meu novo investimento é uma crença no estado.

Mas do entretenimento ao data center?!
Apesar de entender que as pessoas possam ir ao Espírito Santo para comer uma boa moqueca e praias lindíssimas, há um potencial logístico enorme.

Qual é a ideia?
A Conecta Já lidera em [infraestrutura de] fibra óptica, tendo conectado os 78 municípios capixabas. As grandes operadoras têm muita capacidade de atendimento, mas, se tivesse uma prestação de qualidade, você não ficaria sem internet, não se desconectaria. A gente quer ser especialista nisso, entregar [conexão] com excelência para as empresas. Queremos que essa iniciativa acelere a digitalização da economia no nosso estado para, a partir daí, expandir rumo ao Nordeste primeiramente.

Quantas empresas você tem e qual o faturamento?
São nove com faturamento anual de R$ 500 milhões.

Dá para cuidar de tanta coisa todo dia?
Com 22 anos, eu brincava que, aos 40, seria mais empresário e menos empreendedor.

O que isso significa?
Não quero ter pouco dinheiro em conta e muitos negócios em andamento. O empresário tem mais dinheiro e fica numa posição de renda. Estou com 45 anos e participo de nove conselhos. Saí da gestão. Mas ainda não consegui ser mais empresário e menos empreendedor (risos).


Raio-X | Marcus Buaiz

Natural de Vitória (ES), formou-se em Administração (Universidade de Vila Velha) e possui MBA em marketing pela FGV. Herdeiro do Grupo Buaiz, montou negócios próprios que abrangem casas noturnas, passando por uma gestora de recursos para atletas e artistas, e uma prestadora para produções de streaming

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