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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

China adquire 20% menos soja dos EUA na safra 2017/18, e Brasil é beneficiado

Redução de compras é anterior à guerra comercial anunciada entre os dois países

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Desembarque de soja importada no porto de Nantong, na China - 9.abr.18/Reuters

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A guerra comercial entre Estados Unidos e China deve ficar mais nas discussões do que na prática, quando se trata de soja. A dependência externa chinesa da oleaginosa é muito grande.

Nas últimas três semanas, a China cancelou a compra de 200 mil toneladas dos EUA, segundo informações desta quinta-feira (3) do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

A presença menor dos chineses no mercado americano, porém, vem ocorrendo durante toda a safra 2017/18 de soja.

De setembro de 2017 —início do ano-safra dos EUA— ao final do mês passado, os chineses compraram 28,7 milhões de toneladas de soja nos Estados Unidos. No mesmo período anterior, haviam adquirido 35,8 milhões de toneladas. A queda foi de 20%.

A redução de compras é anterior, portanto, à guerra comercial anunciada entre os dois países, diz Daniele Siqueira, da AgRural.

Os chineses vêm deixando um pouco de lado o mercado dos EUA e se abastecendo mais na América do Sul, afirma ela.

Apesar dessa redução de compras de 7 milhões de toneladas no mercado americano nesta safra, a China elevou as compras mundiais da oleaginosa no período.

O grande fornecedor foi o Brasil, cujas exportações subiram para 54 milhões de toneladas no ano passado, bem acima dos 39 milhões de 2016.

Com consumo elevado e produção limitada, a China deverá importar 97 milhões de toneladas durante a safra 2017/18. Na anterior, havia comprado 94 milhões.

Muito dependente desse produto, a China já começou a fazer compras antecipadas da soja americana da safra 2018/19, que só será colhida no segundo semestre do ano.

As encomendas somam 1 milhão de toneladas, mas bem abaixo da média de 3 milhões dos anos anteriores.

Os Estados Unidos participaram menos do mercado mundial de commodities neste ano. Dados divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Departamento de Comércio indicam exportações de commodities no valor de US$ 35,5 bilhões no primeiro trimestre, abaixo dos US$ 36,1 bilhões de igual período de 2017.

 

Cortes Os produtores europeus se manifestaram contra os cortes orçamentários da Política Agrícola Comum da União Europeia anunciados, em Bruxelas, para 2020.

Sustentabilidade Segundo eles, o setor agrícola tem renda 40% inferior à dos demais setores da economia europeia, mas são os produtores que garantem alimentos saudáveis e sustentabilidade ambiental.

Arroz novo A Embrapa Arroz e Feijão e a Basf lançam, no Tocantins, uma nova cultivar de arroz para lavouras irrigadas. É uma cultivar resistente a herbicida (grupo químico das imidazolinonas) que controla plantas invasoras nas lavouras.

Produtividade A cultivar é a primeira com resistência a herbicida desenvolvida para a região tropical. Segundo a Embrapa, a produtividade média é de 7.650 quilos por hectare e a planta tem ciclo curto, com a floração média ocorrendo em 80 dias. Os grãos são do tipo longo fino, os mais aceitos pelo mercado brasileiro.

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