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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Coronavírus pode afetar importação de insumos, aponta banco

Brasil é dependente da China em vários produtos químicos, principalmente no setor de herbicidas

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A disseminação do coronavírus representa um problema para as exportações de commodities do Brasil, principalmente para os produtos que vão para a China. O país asiático fica com 32% das vendas externas brasileiras do setor de agronegócio.

As preocupações com o vírus, porém, não se restringem apenas às exportações, mas também estão relacionadas às importações.

O Brasil é bastante dependente de insumos provenientes da China, e uma restrição na mobilidade das pessoas, com consequências no fluxo logístico, afetará as importações brasileiras de princípios ativos do país asiático, segundo analistas do banco Itaú BBA.

No ano passado, 38% das importações brasileiras de defensivos agrícolas foram feitas da China. Em alguns produtos específicos, a dependência brasileira do país asiático chegou a 99%, como é o caso do glifosato, herbicida importante na agricultura nacional.

Essa paralisação das indústrias e a interrupção do fluxo comercial, porém, não estão previstas, pelo menos até o momento. Além disso, os maiores volumes de importações brasileiras ocorrem de maio a outubro.

Os estoques atuais das empresas e o controle do vírus poderão evitar uma situação mais drástica no fornecimento desses insumos. Uma interrupção, contudo, interferiria muito nos preços de mercado.

Por isso, os analistas do banco recomendam aos produtores atenção no desenrolar da doença e nas oportunidades de mercado.

Sem reação É pequeno o espaço para uma reação nos preços da soja na Bolsa de Chicago, pelo menos a curto prazo. As exportações americanas são fracas e a safra brasileira deve ser recorde. Além disso, a safra argentina não aponta grandes riscos de produtividade.

Impacto interno A avaliação é dos técnicos do Itaú BBA que, mesmo com a fraca reação dos preços na Bolsa dos EUA, veem impacto menor no setor no Brasil. Além do real desvalorizado, o que dá competitividade às exportações, há uma demanda interna robusta.

Importância do agro A indústria alimentícia brasileira processa 58% de toda a produção agropecuária nacional, segundo a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos).

Presença maior Nos casos das proteínas e das cadeias de trigo e de arroz, a participação do setor nacional na aquisição de matérias-primas supera 95%, segundo a entidade.
 

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