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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Cenário de 2021 repete evolução favorável de 2020 para agricultura

Bons preços deste ano melhoram relação de troca e diminuem custos, segundo MacroSector Consultores

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Este ano foi um período de receitas gordas para os produtores rurais. Pelo menos para os que aproveitaram os preços recordes registrados em boa parte do ano.

No próximo, o cenário deverá ser ainda melhor, segundo Fábio Silveira, diretor da MacroSector Consultores.

Em 2020, as receitas dos produtores com as lavouras devem somar R$ 490 bilhões, 22% mais do que em 2019. No próximo ano, voltam a subir e atingem R$ 529 bilhões, segundo o economista.

O avanço será sustentado principalmente pelas receitas brutas obtidas em Mato Grosso, no Paraná e em Goiás. Em todos esses estados, o aumento tem crescimento superior a 23%. Entre eles, Paraná lidera, com evolução de 26%.

Dois produtos movimentam de forma mais acentuada o campo: soja e milho. A oleaginosa deverá ter receitas de R$ 194 bilhões neste ano, valor que poderá subir para R$ 212 bilhões no próximo ano, segundo Silveira.

O milho, o segundo principal produto em receitas para o produtor, deverá obter R$ 85 bilhões neste ano. Com o recorde produção previsto para 2021, o volume financeiro poderá chegar a R$ 93 bilhões, apontam dados da MacroSector.

A disparada de preços dos produtos agrícolas melhorou a relação de troca. Em junho de 2019, os produtores precisavam de 23,3 sacas de soja para a compra de uma tonelada de fertilizante, em Mato Grosso. Em junho último, esse patamar foi reduzido para 17,2 sacas.

Os produtores paranaenses despendiam 55,7 sacas de milho por uma tonelada de adubo no mesmo período do ano passado. Neste, a relação caiu para 47,7 sacas.

Outros, como arroz, café e cana, também tiveram relação de troca bem mais favorável. O mesmo não ocorreu, porém, com o algodão.

Os produtores de Mato Grosso do Sul pagavam o correspondente a 58,1 arrobas por uma tonelada de fertilizante em junho de 2019. Neste ano, necessitavam de 70,2 arrobas, nos cálculos da consultoria.

*

PIB agrícola O setor teve evolução de 5,26% no primeiro semestre deste ano. A maior alta foi da pecuária, que cresceu 10,41%. O setor agrícola teve aumento de 2,93% no período.

Grãos Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da CNA (Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil). O resultado ocorre devido à safra recorde de grãos, boa comercialização interna e grande volume nas exportações.

Açúcar A safra 2019/20, que se iniciou em outubro do ano passado, deverá ter um déficit mundial de 1 milhão de toneladas. A 2020/21, que se inicia no próximo mês, terá superávit de 200 mil toneladas, segundo o Rabobank.

Gado O rebanho indiano deverá começar 2021 com 305 milhões de cabeças de bovinos e de bubalinos. Com isso, as exportações do país sobem para 1,2 milhão de toneladas, 14% mais.

Ainda abaixo Mesmo assim, o volume exportado fica abaixo da média de 1,6 milhão de toneladas dos últimos cinco anos, segundo estimativa do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

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