A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.
Puxado por insumos, PIB do agronegócio cresce 8,4% em 2021
Dados do Cepea e da CNA indicam evolução de 15,9% no ramo agrícola, mas queda de 9% na pecuária
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O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio teve crescimento real de 8,36% em 2021, em relação a 2020, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Já nas contas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB da agropecuária caiu 0,2% no mesmo período analisado. Os números são diferentes, mas não são comparáveis.
O IBGE acompanha a produção dentro da porteira. Considera apenas o volume conseguido pelos produtores no período. Já os dados do Cepea e da CNA englobam todo o agronegócio. Além da produção de dentro da porteira e dos preços das mercadorias, eles levam em consideração todo o agronegócio, incluindo insumos, agroindústria e agrosserviço.
O PIB total do agronegócio foi incentivado pelo aumento de 52,6% dos insumos; de 17,5% do setor primário; 1,6% da agroindústria, e 2,6% de agrosserviços.
O ramo agrícola, devido aos preços recordes, teve uma variação positiva de 15,9%. A pecuária, por causa da perda de margens no segmento agroindustrial, teve retração de 8,95% no período.
O grande destaque no ano passado foram os insumos, incentivados pelas atividades na agricultura e na pecuária. As altas neste segmento vieram de fertilizantes, defensivos agrícolas, máquinas e rações.
Inflação Os produtos agropecuários subiram 3,62% no atacado nos últimos 30 dias até 10 de março. Os dados são do IGP-10 e foram coletados pela FGV.
Inflação 2 Os itens que mais pressionaram são todos do setor de agronegócio. Os ovos lideraram, com alta de 21%, seguidos de arroz, que ficou 11% mais caro. Soja, farelo de soja e milho também estiveram na lista das maiores pressões.
Bradesco Para a assessoria econômica do banco, as commodities agrícolas seguem em alta, impedindo uma descompressão mais intensa no atacado. Nos próximos meses, o atacado deverá continuar incorporando os choques recentes de grãos, bem como o reajuste dos combustíveis.
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