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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Sorgo cresce no Brasil em período de maior demanda externa

Produção mundial sobe para 63 milhões de toneladas, e China importa 8,5 milhões

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O Brasil eleva a produção de sorgo em um momento em que cresce a demanda externa. Além de um aproveitamento interno maior na substituição de produtos para a fabricação de ração e de etanol, o país poderá avançar na participação mundial desse cereal.

A exportação brasileira, devido à baixa produção, ainda é pequena. No ano passado foram exportadas apenas 11.000 toneladas.


Neste ano, porém, a produção nacional de sorgo deverá subir para 4,6 milhões de toneladas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Com isso, o Brasil entra na lista dos cinco maiores produtores mundiais.


A produção de sorgo no país registra um forte avanço neste ano. Na safra 2015/16, havia sido de apenas 1 milhão de toneladas.

Plantação de sorgo no interior paulista - Alf Ribeiro/Folhapress


O grande cliente mundial nas importações de sorgo é a China, um velho mercado conhecido dos brasileiros. Além de liderar as compras internacionais de soja, de carnes e de celulose do Brasil, os chineses entraram também no mercado de milho brasileiro neste ano.


No ritmo atual de produção, o Brasil terá um volume crescente e suficiente para suprir a demanda interna e a exportação. Internamente, o sorgo tem potencial para substituir parte de farelo de soja e do milho utilizados na ração.


A área semeada neste ano é de 1,4 milhão de hectares, bem acima dos 865 mil de 2021. A produtividade evolui e está em 3.279 quilos por hectare na média nacional.


Neste ano, a produção mundial de sorgo sobe para 63 milhões de toneladas, acima dos 57 milhões de 2022. A China, que consumiu 8 milhões de toneladas na safra 2022/23, demandará 11,5 milhões nesta safra.


O maior crescimento da demanda vem da Ásia. Na safra 2019/20, os asiáticos importaram 4,2 milhões de toneladas. Nesta serão 9,2 milhões.


Os Estados Unidos, que têm a maior produção mundial —9,1 milhões de toneladas— , terão uma concorrência maior do Brasil a partir de agora. Nigéria (6,7 milhões) e México (4,8 milhões) vêm a seguir.


A China lidera as importações mundiais, com a compra de 8,5 milhões de toneladas. Os Estados Unidos lideram as exportações, com 6,5 milhões de toneladas.

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