Comentarista e ex-jogador. É autor, com Gilvan Ribeiro, de "Casagrande e seus Demônios", "Sócrates e Casagrande - Uma História de Amor" e "Travessia"
Tranquilidade contra a Coreia do Sul é mérito da seleção brasileira
Jogo acabou para o Brasil quando terminou o primeiro tempo
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Talvez o jogo entre Brasil e Coreia do Sul tenha sido o mais fácil de uma oitavas de final de todas as Copas que já fiz. Essa é a sétima.
No meio do futebol, quando se tem uma facilidade dessas, se diz que "não teve jogo".
Mas o grande mérito dessa tranquilidade toda foi da seleção brasileira, que em 35 minutos já estava com a classificação garantida.
Não desperdiçou chance alguma enquanto estava focada no jogo e, fora o pênalti, todos os outros gols foram bonitos, com aproximação, tabelas, batidas seguras e conscientes no gol. Primeiro tempo para ninguém reclamar.
Sem precisar acelerar ou forçar o time fisicamente, os gols foram saindo com naturalidade. Poderia ter terminado com mais que 4 a 0.
A facilidade ajudou o retorno de Neymar, que foi bem, e o jogo não exigiu dele mais do que fez. Foi tranquilo no pênalti, mas teve uma jogada em que foi fominha, porque Vinicius Junior entrava livre pelo lado esquerdo num contra-ataque e, ao invés de tocar, quis fazer tudo sozinho e acabou não acontecendo nada.
No final, foi a vez de Richarlison, que fez seu terceiro gol na Copa depois de uma linda tabela com Thiago Silva, preferir bater no gol e não passar a bola para Neymar, que estava totalmente sozinho.
Esse é um problema quando o jogo se torna muito fácil, às vezes pinta uma vaidade de cada um querer fazer o gol esquecer o coletivo.
Quero destacar que, nessa partida, mesmo com toda a facilidade, Alisson trabalhou bem quando foi exigido. Contra Sérvia e Suíça, ele só tinha assistido ao jogo dentro de campo.
O jogo acabou para o Brasil quando terminou o primeiro tempo, porque no segundo não aconteceu nada.
Já para a Coreia, o segundo tempo foi interessante, porque foi mais agressiva, criando dificuldade para a defesa brasileira. Mesmo antes de fazer o gol, já tinha levado perigo, coisa que não acontecera no primeiro tempo todo.
O ritmo da seleção brasileira caiu bastante, deixando o jogo muito feio.
Também não havia necessidade de Neymar ficar forçando quase o jogo todo. No intervalo, ele já poderia ter saído para um repouso maior. Correu risco de ter tomado uma pancada no mesmo lugar da lesão e agravado o problema, mas deu tudo certo. Isso é uma questão de opinião. O treinador é Tite e ele preferiu arriscar.
Brasil x Croácia, na próxima sexta (9), será um jogo mais difícil, contra a última vice-campeã e com um time bem mais técnico e perigoso. Mas acho o Brasil favorito.
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