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'Não estamos conseguindo deter guerra entre facções', diz Pezão

Para governador, Rio tem urgência para resolver explosão da criminalidade

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Brasília

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse nesta sexta-feira (16) que o Estado do Rio de Janeiro "tem pressa" e "tem urgência" para solucionar o problema de segurança pública. "Neste momento precisamos muito da intervenção."

Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão discursa após Michel Temer (MDB) decretar intervenção no Estado - Pedro Ladeira /Folhapress

A declaração foi feita em cerimônia no Palácio do Planalto durante a qual o presidente Michel Temer (MDB) assinou um decreto de intervenção federal no Estado fluminense.

"Nós, só com a polícia militar e a polícia civil não estamos conseguindo deter a guerra entre facções no nosso Estado", disse. "E ainda com o componente grave que são as milícias."

Pezão aproveitou sua fala para dizer que o Rio de Janeiro deveria ter contado com um apoio especial da União para a segurança desde que deixou de ser capital do país, na década de 1960. "Deveríamos ter uma forma de ter o apoio da segurança pública. Pagamos um preço por uma ação desordenada", disse.

Em entrevista à imprensa logo depois do ato de assinatura, o governador do Rio afirmou que a princípio queria uma "GLO ampliada", uma operação militar para "garantia de lei e de ordem" como a que foi usada no Rio Grande do Norte, mas teve que ceder aos pedidos do governo federal por uma intervenção. Na "GLO ampliada", a União passaria a coordenar as ações da área de segurança pública estadual, mas sem poderes para contratação e demissão, entre diversos outros atos administrativos. Pezão disse que "eles", em referência à União, sem mencionar nomes, preferiram a intervenção.

O  presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou o momento como "difícil" para a população da cidade e do Estado do Rio. "Chegamos a um ponto que temos certeza que não foi vontade do governador e de nenhum dos moradores do Rio. A situação, sem dúvida nenhuma, requer atitudes mais contundentes", declarou.

Maia, que inicialmente resistiu à ideia de intervenção em seu Estado, disse que a decisão tomada por Temer foi de coragem. "É uma decisão que eu tenho certeza que nenhum carioca e nenhum fluminense queria estar passando. Esse talvez seja o último caminho, a última oportunidade de recuperar o Estado para a nossa população."

Ele ressaltou a importância de que as ações sejam feitas de forma bem planejada para serem efetivas e disse que o momento atual reforça a necessidade de agenda do Congresso se voltar para a temática da segurança pública, como foi anunciado na abertura do ano Legislativo na semana passada.

O presidente da Câmara defendeu a aprovação de leis "mais duras" para o combate ao crime organizado e ao tráfico de armas. "Precisamos dar um passo à frente e além da intervenção. As leis precisam ser mais duras e o enfrentamento ao tráfico precisa de leis mais modernas e mais duras".

GUSTAVO URIBE, TALITA FERNANDES e RUBENS VALENTE

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